QUEM É JESUS PARA VOCÊ?
TEXTO: MATEUS 16: 1 – 27
1.
CEGOS AOS SINAIS - Mateus 16:1-4
FARISEUS E SADUCEUS - A hostilidade,
assim como a necessidade, faz com que as pessoas mais estranhas se unam.
É um fenômeno fora do comum encontrar
uma união de saduceus e fariseus. Eles sustentavam crenças e políticas
diametralmente opostas.
FARISEUS
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SADUCEUS
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viviam segundo as minúcias e os detalhes da lei oral e a dos escribas
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rechaçavam imediatamente tal lei, e só aceitavam a palavra escrita da
Bíblia como sua norma de vida.
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acreditavam em anjos e na ressurreição da carne
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Não
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não eram um partido político. Estavam dispostos a viver sob qualquer
governo que lhes permitisse observar seus princípios religiosos.
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eram a pequena aristocracia enriquecida, o partido colaboracionista e
estavam muito dispostos a servir e ajudar ao governo romano a fim de manter
sua riqueza e privilégios
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esperavam e desejavam a chegada do Messias
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NÃO
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Paulo fez uso desta oposição quando
enfrentou o julgamento do Sinédrio (Atos 23:6-10).
Teria sido impossível encontrar duas
seitas e partidos mais diferentes; e entretanto, uniram-se em seu malvado
desejo de eliminar a Jesus. Todo engano tem uma coisa em comum: é hostil a
Cristo.
O que fariseus e saduceus exigiam era
um sinal - os judeus tinham o costume de esperar que um profeta ou líder
legitimasse sua mensagem mediante algum sinal extraordinário (Mateus 12:34-40).
A resposta de Jesus é que o sinal
está aí, pode ser visto. Os judeus conheciam muito bem os fenômenos
climáticos. Sabiam que o céu vermelho ao entardecer anunciava bom tempo; e que
um céu vermelho pela manhã indicava que se aproximava uma tormenta. Mas eram
cegos aos sinais dos tempos.
O sinal de Jonas - o sinal de Jonas (Mateus 12:38-40). O sinal de
Jonas foi o próprio Jonas e sua mensagem de Deus. Foi o surgimento do profeta e
a mensagem que trazia o que mudou a vida do povo de Nínive.
Jesus é que o sinal de Deus é o
próprio Jesus e sua mensagem.
É como se lhes dissesse: "Em Mim
vocês se ENCONTRAM com Deus e com a SUA verdade
Que mais podem necessitar? Mas são tão cegos que não podem vê-lo."
2.
A LEVEDURA PERIGOSA - Mateus 16:5-12
Eles VIAJARAM os discípulos tinham
esquecido de levar pão. Por alguma razão, sentiam-se muito preocupados por seu
descuido. Jesus lhes disse: "Olhem, guardem-se da levedura dos fariseus e
dos saduceus." Ora, a palavra levedura tem dois sentidos.
1. Tem um sentido
físico e literal. A levedura era uma pequena parte de massa fermentada, e sem
levedura nos ingredientes não se podia cozinhar o pão.
Estar sem pão significava que se quisessem
deviam comprá-lo dos gentios do outro lado do lago. Ora, nenhum judeu que fosse
estritamente ortodoxo podia comer pão que tinha sido cozido, tocado ou amassado
por um gentio. De maneira que o problema de obter pão do outro lado do lago era
algo insolúvel. Os discípulos se esqueceram de levar pão e podem ter pensado
que Jesus dizia: "Vocês esqueceram o pão que é puro, cuidem-se de não se
sujarem quando chegarem ao outro lado do lago ao comprar pão que contém
levedura impura." MAS NÃO ERA ISSO
Os discípulos só pensavam no pão. De
maneira que Jesus lhes pediu que lembrassem. "Lembrem-se", disse-lhes Jesus, "da alimentação dos cinco mil, e dos quatro mil; e lembrem quanto houve
para comer e tudo o que sobrou. E quando vocês relembrarem estas coisas, sem
dúvida deixarão de se preocuparem. Vocês já viram que, estando Eu presente,
essas insignificâncias se solucionaram, e se podem voltar a solucionar. Não se
preocupem mais e tenham confiança em mim."
2. sentido metafórico.
Levedura era a expressão metafórica que empregavam os judeus para referir-se a
uma má influência. Para a mentalidade judia, a levedura sempre simbolizava o
mal. Fermentava a massa. O judeu identificava fermentação com putrefação: a
levedura representava tudo o que é mau, corrupto, podre. - ensino e as crenças dos fariseus e saduceus.
Qual seria essa má influência dos
fariseus e saduceus?
(1) Os fariseus viam a religião em termos de leis, mandamentos, normas
e regras. Viam a religião em termos de ritual externo e pureza exterior. ERA
viver no legalismo e religião. É uma advertência contra uma religião de coisas
exteriores.
(2) Os saduceus tinham duas
características: Eram ricos e
aristocráticos, e estavam muito comprometidos
com política. De maneira que o que Jesus dizia podia ser o seguinte:
"Cuidem-se para jamais identificar o reino do céu com bens externos e de
fixar suas esperanças em convertê-lo em uma atividade política." Uma
advertência contra a tendência a dar muita importância às coisas materiais .
3. O CENÁRIO DO GRANDE
DESCOBRIMENTO - Mateus 16:13-16
Aqui temos o relato de um dos retiros
de Jesus. Aproximava-se o fim e necessitava todo o tempo que pudesse para estar
a sós com seus discípulos. Tinha tantas coisas a lhes dizer e tantas coisas a
lhes ensinar, embora houvesse muitas coisas que eles não podiam tolerar nem
compreender. Com esse fim se retirou aos distritos da Cesareia de Filipe.
Cesareia de Filipe se encontra a uns quarenta e seis quilômetros ao nordeste do
mar da Galileia. Estava fora do território pertencente o Herodes Antipas,
governador da Galileia, e dentro da região pertencente o Felipe o tetrarca. A
maior parte da população não era judia e ali Jesus estaria tranqüilo e poderia
ensinar aos Doze.
Jesus nos últimos momentos com seus
dias na carne contados. Só uma coisa importava: Havia alguém que podia
entendê-lo?
Havia alguém que o tinha reconhecido
pelo que era e por quem era?
Havia alguém que, uma vez que ele se
fosse da carne, continuaria sua obra e trabalharia para seu Reino?
Não cabe a menor dúvida de que se
tratava de um problema crucial que afetava a própria sobrevivência da fé
cristã. Se não havia ninguém que tivesse compreendido a verdade, ou ao menos a
tivesse vislumbrado, todo seu trabalho desapareceria. De maneira que Jesus se
propôs a pôr tudo isto à prova e perguntar a seus seguidores quem eles criam que Ele era.
O CENÁRIO
O lugar onde Jesus fez a pergunta
reveste-se de um profundo interesse. Pode haver poucos lugares que suscitassem
mais associações religiosas que Cesareia de Filipe?
(1) O território estava coberto de
templos do antigo culto ao Baal sírio. Não menos de quatorze desses templos nas
proximidades. Tratava-se de um território cujo próprio ar exalava a antiga religião dos deuses da antiguidade.
(2) Perto de Cesareia de Filipe se
erguia uma grande colina e nela havia uma caverna profunda. Dizia-se que nessa
caverna tinha nascido Pão o deus da natureza. Cesareia de Filipe tinha o nome
original de Panias, e, até atualmente recebe o nome do Banias. As lendas dos deuses gregos se reuniam ao redor de
Cesareia de Filipe.
(3) Além disso, afirmava-se que nessa
caverna era onde surgiam as fontes do Jordão. Josefo escreve: "Trata-se de uma cova muito espaçosa na
montanha debaixo da qual há uma grande cavidade na terra. A caverna é abrupta e
prodigiosamente profunda e cheia de águas tranquilas. Por cima se eleva uma
montanha muito alta e por baixo da caverna brotam as fontes do rio
Jordão." A mera ideia de que este fosse o lugar de onde surgia o rio
Jordão trazia a lembrança o passado judeu com o ar da antiga fé do judaísmo.
(4) Em Cesareia de Filipe havia um
grande templo de mármore branco construído à divindade de César. Foi construído
por Herodes o Grande. Josefo diz: "Herodes adornou mais ainda o lugar, que
já era muito notável, com a construção deste templo, que dedicou a César."
Mais adiante, Felipe, o filho de Herodes, embelezou e enriqueceu o templo ainda
mais – a cidade de César – e acrescentou seu próprio nome – Filipo que
significa de Felipe – para diferenciá-la da cidade da Cesareia que estava sobre
as costas do Mediterrâneo. Representava o poderio e a divindade de Roma.
VEJAM UMA IMAGEM DRAMÁTICA: um
carpinteiro da Galileia, sem um centavo, sem lar, com doze homens muito simples
a seu lado. Nesse momento a elite ortodoxa de sua época está elaborando um
plano mediante o qual pensa eliminá-lo e destruí-lo como um herege perigoso.
Encontra-se em uma região cheia de templos dos deuses sírios; em um lugar que
contemplavam os deuses gregos; em um lugar onde a história do Israel enchia as
mentes dos homens, onde o esplendor de mármore branco da casa em que se rendia
culto a César dominava a paisagem e obrigava à vista a posar-se nele. E ali –
entre todos os lugares possíveis – se
ergue este surpreendente carpinteiro e pergunta aos homens quem acreditam que
Ele é, e espera a resposta: o Filho
de Deus.
É como se Jesus se levantasse a
propósito contra o pano de fundo das religiões do mundo em toda sua história e
seu esplendor e exigisse que o comparassem com elas e que se decidissem em
favor dEle.
Há poucas cenas em que a consciência
de sua própria divindade brilha com uma luz mais maravilhosa em Jesus.
4. QUEM JESUS É PRA
VOCÊ? - Mateus 16: 15
QUEM DIZEM QUE EU SOU?
- Alguns diziam que era João Batista (como Herodes Antipas)
- Outros diziam que era Elias. Ao fazê-lo afirmavam duas coisas
sobre Jesus. Diziam que era tão grande como o maior dos profetas “Eis que eu
vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do
SENHOR” (Malaquias 4:5). Até o dia de hoje os judeus esperam a vinda de Elias
antes da chegada do Messias, e até o dia de hoje deixam uma cadeira vazia para
Elias quando celebram a Páscoa, porque quando chegar Elias, o Messias não
demorará.
- Alguns diziam que era Jeremias. Jeremias ocupava um lugar
estranho nas expectativas do povo de Israel. Acreditavam que antes que o povo
partisse para o exílio Jeremias tinha tirado o arca e o altar do incenso do
templo e os tinha oculto em um lugar solitário no Monte Nebo e que, antes da
chegada do Messias, Jeremias voltaria e os devolveria e a glória de Deus
voltaria para povo (2 Macabeus 2:1-12). Em 2 Esdras 2:18 a promessa de Deus é:
"Para sua ajuda enviarei a meus servos Isaías e Jeremias."
Há uma lenda muito curiosa dos tempos
das guerras macabeias. Jeremias, o profeta de Deus entregou a Judas uma espada
de ouro, e ao dá-la, pronunciou estas palavras: 'Recebe, como presente de parte
de Deus esta espada sagrada com a qual destroçarás aos inimigos."' (2
Macabeus 15:13-16).
Jeremias ERA a ajuda para seu povo em
tempos de perigo PERTO DA VINDA DO MESSIAS.
Quando as pessoas identificavam a
Jesus com Elias ou com Jeremias, elas o estavam elogiando e lhe dando um lugar
muito alto, porque Jeremias e Elias eram nada menos que os precursores
esperados do Ungido de Deus. Quando eles chegassem o Reino estaria muito perto.
Quando Jesus ouviu o veredicto da
multidão, formula a pergunta fundamental: "E
vós, quem dizeis que sou eu?" E Pedro faz seu grande descobrimento e
sua grande confissão, e Jesus sabe que sua obra está a salvo porque pelo menos
há uma pessoa que o compreende.
É interessante assinalar que cada um
dos três evangelhos tem sua própria versão das palavras do Pedro. Mateus diz:
"Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Marcos é o mais sucinto de
todos (Marcos 8:19): "Tu és o Cristo." Lucas é o mais claro (Lucas
9:20): "O Cristo de Deus."
Agora Jesus sabia que pelo menos uma
pessoa o tinha reconhecido como o Messias, o Ungido de Deus, o Filho do Deus
vivo. O Messias, o Cristo, o Ungido de Deus é o Rei divino de Deus sobre os
homens.
Nesta passagem há duas grandes
verdades.
(1) Em essência, o descobrimento do
Pedro expressa que as categorias humanas, inclusive as mais excelsas eram
inadequadas para descrever a Jesus Cristo. Jesus era o Filho do Deus vivente. Nenhuma
descrição meramente humana era adequada para referir-se a Jesus Cristo.
(2) Esta passagem nos
indica que nossa descoberta de Jesus Cristo deve ser uma descoberta pessoal. A
pergunta de Jesus é: "Você, o que
pensa você de mim?" Quando Pilatos perguntou a Jesus se era o rei dos
judeus, a resposta de Jesus foi: "Vem de ti mesmo esta pergunta ou to
disseram outros a meu respeito?" (João 18:33-34). Nosso conhecimento de
Jesus jamais pode ser de segunda mão. Alguém pode conhecer tudo o que se tem
dito a respeito de Jesus; pode conhecer todas as cristologias concebidas pela
mente do homem; pode ser capaz de brindar um resumo competente do ensino sobre
Jesus que fizesse cada pensador e teólogo do mundo – e, entretanto, não ser
cristão. O cristianismo nunca consiste
em conhecer algo sobre Jesus; sempre consiste em conhecer a Jesus. Jesus
Cristo exige um veredicto pessoal. Não só perguntou a Pedro; pergunta a cada
homem: "Você, o que pensa a meu
respeito?"
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