quarta-feira, 7 de agosto de 2019

VIAGEM A ISRAEL - JULHO E AGOSTO DE 2019 - CARAVANA DE LUIZ SAYÃO

CESARÉIA - CIDADE MARÍTIMA
INICIAMOS A ROTA POR ESSA CIDADE DOS TEMPOS BÍBLICOS DE JESUS
VÁRIAS PECAS ARQUEOLÓGICAS DO TEMPO ROMANO







O ENCONTRO DA RESTAURAÇÃO - JACÓ E ESAÚ

O ENCONTRO DA RESTAURAÇÃO
Parte inferior do formulário
Gênesis 33
1 E levantou Jacó os seus olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele. Então repartiu os filhos entre Lia, e Raquel, e as duas servas.
2 E pôs as servas e seus filhos na frente, e a Lia e seus filhos atrás; porém a Raquel e José os derradeiros.
3 E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão.
4 Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram.
5 Depois levantou os seus olhos, e viu as mulheres, e os meninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele disse: Os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo.
6 Então chegaram as servas; elas e os seus filhos, e inclinaram-se.
7 E chegou também Lia com seus filhos, e inclinaram-se; e depois chegou José e Raquel e inclinaram-se.
8 E disse Esaú: De que te serve todo este bando que tenho encontrado? E ele disse: Para achar graça aos olhos de meu senhor.
9 Mas Esaú disse: Eu tenho bastante, meu irmão; seja para ti o que tens.
10 Então disse Jacó: Não, se agora tenho achado graça em teus olhos, peço-te que tomes o meu presente da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus, e tomaste contentamento em mim.
11 Toma, peço-te, a minha bênção, que te foi trazida; porque Deus graciosamente ma tem dado; e porque tenho de tudo. E instou com ele, até que a tomou.
12 E disse: Caminhemos, e andemos, e eu partirei adiante de ti.
13 Porém ele lhe disse: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros, e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se as afadigarem somente um dia, todo o rebanho morrerá.
14 Ora passe o meu senhor adiante de seu servo; e eu irei como guia pouco a pouco, conforme ao passo do gado que vai adiante de mim, e conforme ao passo dos meninos, até que chegue a meu senhor em Seir.
15 E Esaú disse: Permite então que eu deixe contigo alguns da minha gente. E ele disse: Para que é isso? Basta que ache graça aos olhos de meu senhor.
16 Assim voltou Esaú aquele dia pelo seu caminho a Seir.
17 Jacó, porém, partiu para Sucote e edificou para si uma casa; e fez cabanas para o seu gado; por isso chamou aquele lugar Sucote.
18 E chegou Jacó salvo à Salém, cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã-Arã; e armou a sua tenda diante da cidade.
19 E comprou uma parte do campo em que estendera a sua tenda, da mão dos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de dinheiro.
20   E levantou ali um altar, e chamou-lhe: Deus, o Deus de Israel.

INTRODUÇÃO - A história de Jacó e Esaú
·       Profecia antes do nascimento – o menor governaria sobre o maior.
·       Irmãos Gêmeos – iguais e diferentes (um caçador o outro caseiro, pastor de ovelhas)
·       Seus nomes – Esaú = cheio de pelos    Jacó = aquele que agarra o calcanhar
·       Pai e mãe – preferências  entre os filhos (O pai amava Esaú e a mãe Jacó)
·       Desavenças entre irmãos – ressentimentos
·       Abraão morre aos 175 anos, os gêmeos tinham 15 anos
·       Esaú vende o direito a primogenitura - Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou famin­to, voltando do campo, e pediu-lhe: "Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou cansado e faminto!” (Gêneses 25:29,30)
Primogenitura: - Liderar a adoração a Deus e chefiar a família; - Dupla porção da herança paterna, (2/3 da fazenda); - Direito à benção do concerto, conforme Deus prometera a Abraão.
·       Esaú aos 40 anos casou-se com duas mulheres cananeias pagãs entristecendo seus pais – e depois tem uma terceira esposa - Maalate, filha de Ismael. (Gen 28:8-9)
·        

1.     DESAVENÇA – JACÓ ENGANA ISAQUE
- precipitação em abençoar o filho -  Isaque estava já velho - tinha uns 135 anos de idade, e seus filhos, uns 75 - e estava cego, decerto com cataratas. Sem esperar a direção de Deus, e sem levar em conta o que Deus já lhe havia dito, julgando erradamente que estava para morrer (ele viveria mais 45 anos, até os 180), ele resolveu abençoar seu filho preferido, Esaú, fazendo-o seu herdeiro.
- Rebeca arquitetou um plano baseado em mentiras para Jacó receber a benção de Isaque
- Jacó temia não hesitou em participar do complô, ele temia pela falibilidade do plano da mãe
- Isaque ficou desconfiado – pela rapidez do prato, pela voz que era de Esaú, mas ao pegar nos pelos e comer a comida, abençoou seu filho
- a benção - desejando que o SENHOR lhe desse prosperidade, ascendência sobre povos e nações bem como sobre seus irmãos, reverência dos filhos, maldição a quem o amaldiçoasse, e benção a quem o abençoasse. O teor era diferente da bênção que Deus lhe havia dado (capítulo 26:2-5, 24)
- Esaú chega e fica transtornado – vê o engano e se enfurece – Pede uma benção - Benção de ESAÚ - "Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus. E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço." Gênesis 27:39-40
- Promete matar seu irmão – único jeito de receber a benção
- Jacó foge – conselho de sua mãe – para aterra de Arã

os fins não justificam os meios!! Embora o Senhor já havia predito que o maior serviria o menor (Gn 25.23/ Rm 9.12), em nenhum momento Deus isentou Jacó das consequências de seus atos, pois “o que o homem plantar, isto ceifará” (Gl 6.7); ainda que Deus para, no final, cumprir todos os seus objetivos (Jó 42.2). DEUS NÃO PRECISA DE NOSSA AJUDA PRA CUMPRIR SUAS PROMESSAS.


2 - JACÓ NO EXÍLIO
  • depois que ele partiu, nada mais lemos sobre Rebeca, a não ser que foi sepultada na caverna de Macpela (capítulo 49:31). não se encontraram mais.
  • enganado pelo seu tio Labão, foi obrigado a trabalhar para ele por 20 anos ( 7 anos por Lia e 7 por Raquel). JACÓ nem questionou...sabia que estava sofrendo as consequências do seu engano. – lei da semeadura
  • seus filhos brigavam entre si – o problema da preferência continuou
  • Esaú deu origem a uma nação inimiga.
  • Jacó ficou no exílio por 20 anos. “alguns dias = 20 anos” – tratamento de Deus
  • Mas Deus era com ele...o fazia prosperar em tudo, assim como era com Esaú.

3 – JACÓ NO JABOQUE (lugar da submissão) - A nascente do rio Jaboque está localizada ao sul de Gileade, região montanhosa que atualmente faz parte da Jordânia. O Jaboque é um afluente do rio Jordão e desemboca neste, entre o mar da Galiléia e o mar Morto. Seu curso tem aproximadamente 130 quilômetros.
Jacó resolve voltar para sua casa, para as terras de seu Pai.
Jacó deixa Labão como um homem rico, com 11 filhos e 1 filha, duas esposas e duas servas. Homem próspero, mas com uma pendência séria com seu irmão que precisava ser resolvida. Ainda ecoava em seus ouvidos o brado de Esaú, seu choro, sua raiva, e a promessa que mataria Jacó.
Ele temia encontrar Esaú (Gn 32.7). Por isso, Jacó envia presentes para seu irmão antes de se encontrá-lo. Quem poderia aplacar a IRA de Esaú, senão o Senhor? Jacó bem sabia disto (versículos 9-12).
Naquela madrugada (versículo 22) Jacó não dorme de tanta ansiedade e aflição. E ao se encontrar com aquele homem (Anjo), reconhecendo nele o próprio Deus; não perde a oportunidade. A Bíblia não relata explicitamente, mas, podemos compreender que Deus deixa-se vencer. Ta aí algo, “disse” Deus, pelo qual valeria à pena deixar-se ser vencido… Pela transformação do caráter, pelo perdão!!  
E isto é um “segredo” divino… se a causa for tão nobre como a transformação de uma vida ou como o perdão; vale a pena atender essa causa. Conceder essa benção.
Ao ter certeza da resposta positiva de sua petição (a reconciliação/perdão de Esaú), Jacó sai transformado e declara com seus próprios lábios: “Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi SALVA” (verso 30).
Já não seria conhecido mais como enganador/trapaceiro, mas Israel – Príncipe de Deus. Ao encontrar-se com o irmão, temos um grande exemplo, uma grande lição: O perdão! Esaú não só perdoou em seu coração, mas, ajoelhou, abraçou, beijou e chorou ao encontrar o irmão, agora ISRAEL.
Devemos todos nós, tomar o exemplo de Jacó, em deixar-se ser tratado por Deus. E Esaú, em deixar-se, também, ser tratado por Deus… E perdoar.

todos nós a semelhança de Israel, mais cedo ou mais tarde, precisamos passar pelo mesmo vau de Jaboque onde Jacó ficou, e de onde emergiu Israel – o Príncipe de Deus. Se assim o fizeres, Deus lhe dará um novo caráter, uma nova vida e um novo nome. Um nome que expresse sua nova personalidade, seu novo caráter… Ele já até tem esse nome

E quando Jacó no íntimo do seu coração se dispõe a orar, a renunciar ao conflito e ao seu "Eu" para depender somente de Deus, o próprio Senhor, em uma teofania, vem ao encontro de Jacó para transformá-lo em Israel.
Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu. Gênesis 32:24
E vendo este que não prevalecia contra ele, tocou a juntura de sua coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, lutando com ele. Gênesis 32:25
E na sua luta com o Anjo, as palavras de Jacó: "não te deixarei ir, se não me abençoares", eram de imensa profundidade. Traziam em si o significado de toda a sua história.
O ENCONTRO DE PERDÃO

Jacó preparou presentes de seus rebanhos que ele desejava dar a Esaú, instruindo a seus servos de ir adiante dele e dar a Esaú o presente ao o encontrar, esperando que isto lhe apaziguasse antes que encontrasse a Jacó finalmente. A próxima manhã, ao acordar, quem viu Jacó senão Esaú ele mesmo, junto com seus quatrocentos homens. Ainda com medo, Jacó se inclinou a terra sete vezes antes de se aproximar a seu irmão. (Cáp. 33:3) O Versículo Chave dá-nos o relato formoso da reunião entre Jacó e Esaú. Em realidade, Esaú não tinha nenhum mau desejo para Jacó em absoluto, e ambos choraram de alegria de ser reunidos como uma família.
“Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram.”
– Gênesis 33:4

Tão terna e carinhosa foi à reunião entre Jacó e Esaú que ambos fizeram questão de dar presentes e ajuda um ao outro quando viajaram. (Gên. 33:10,11,15) Jacó presenteou a Esaú com muitos animais de seus rebanhos, já que tinha bem mais que Esaú. Esaú, por sua vez, ofereceu ajuda a Jacó dentre os quatrocentos homens que tinha trazido consigo, pois Jacó precisava da ajuda adicional para cuidar das muitas ovelhas jovens e o ganhado que estavam com ele. Quão maravilhosamente ilustra esta oferta recíproca de ajuda o desenvolvimento completo do amor que todo o povo de Deus, tanto agora durante esta Idade Evangélica, como no futuro reino messiânico, deve ter dentro de seus corações e mentes. “Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações. É assim, então, que saberemos que pertencemos à verdade de Deus e que o nosso coração se sente seguro na presença dele.” —1 João 3:18,19,

CONCLUSÃO

·       1º JACÓ se reconciliou com Deus. E pediu a benção da reconciliação com seu irmão. Depois reconciliou-se com sua família.
·       Não podemos deixar assuntos de perdão pendentes em nossa família.
·       Essa é uma guerra que Deus sempre age ...e garante a vitória.
·       Jacó curvou-se sete vezes...respeito e humilhação
·       A hora da benção – noite e madrugada no jaboque ...mudou o coração de Esaú – 400 guerreiros.

QUEM É JESUS PARA VOCÊ?


QUEM É JESUS PARA VOCÊ?
TEXTO: MATEUS 16: 1 – 27

1.     CEGOS AOS SINAIS - Mateus 16:1-4

FARISEUS E SADUCEUS - A hostilidade, assim como a necessidade, faz com que as pessoas mais estranhas se unam.
É um fenômeno fora do comum encontrar uma união de saduceus e fariseus. Eles sustentavam crenças e políticas diametralmente opostas.

FARISEUS
SADUCEUS
viviam segundo as minúcias e os detalhes da lei oral e a dos escribas
rechaçavam imediatamente tal lei, e só aceitavam a palavra escrita da Bíblia como sua norma de vida.
acreditavam em anjos e na ressurreição da carne
Não
não eram um partido político. Estavam dispostos a viver sob qualquer governo que lhes permitisse observar seus princípios religiosos.
eram a pequena aristocracia enriquecida, o partido colaboracionista e estavam muito dispostos a servir e ajudar ao governo romano a fim de manter sua riqueza e privilégios
esperavam e desejavam a chegada do Messias
NÃO

Paulo fez uso desta oposição quando enfrentou o julgamento do Sinédrio (Atos 23:6-10).
Teria sido impossível encontrar duas seitas e partidos mais diferentes; e entretanto, uniram-se em seu malvado desejo de eliminar a Jesus. Todo engano tem uma coisa em comum: é hostil a Cristo.
O que fariseus e saduceus exigiam era um sinal - os judeus tinham o costume de esperar que um profeta ou líder legitimasse sua mensagem mediante algum sinal extraordinário (Mateus 12:34-40).
A resposta de Jesus é que o sinal está aí, pode ser visto. Os judeus conheciam muito bem os fenômenos climáticos. Sabiam que o céu vermelho ao entardecer anunciava bom tempo; e que um céu vermelho pela manhã indicava que se aproximava uma tormenta. Mas eram cegos aos sinais dos tempos.
O sinal de Jonas - o sinal de Jonas (Mateus 12:38-40). O sinal de Jonas foi o próprio Jonas e sua mensagem de Deus. Foi o surgimento do profeta e a mensagem que trazia o que mudou a vida do povo de Nínive.
Jesus é que o sinal de Deus é o próprio Jesus e sua mensagem.
É como se lhes dissesse: "Em Mim vocês se ENCONTRAM com Deus e com a SUA verdade  Que mais podem necessitar? Mas são tão cegos que não podem vê-lo."


2.     A LEVEDURA PERIGOSA - Mateus 16:5-12

Eles VIAJARAM os discípulos tinham esquecido de levar pão. Por alguma razão, sentiam-se muito preocupados por seu descuido. Jesus lhes disse: "Olhem, guardem-se da levedura dos fariseus e dos saduceus." Ora, a palavra levedura tem dois sentidos.
1.     Tem um sentido físico e literal. A levedura era uma pequena parte de massa fermentada, e sem levedura nos ingredientes não se podia cozinhar o pão.
Estar sem pão significava que se quisessem deviam comprá-lo dos gentios do outro lado do lago. Ora, nenhum judeu que fosse estritamente ortodoxo podia comer pão que tinha sido cozido, tocado ou amassado por um gentio. De maneira que o problema de obter pão do outro lado do lago era algo insolúvel. Os discípulos se esqueceram de levar pão e podem ter pensado que Jesus dizia: "Vocês esqueceram o pão que é puro, cuidem-se de não se sujarem quando chegarem ao outro lado do lago ao comprar pão que contém levedura impura." MAS NÃO ERA ISSO
Os discípulos só pensavam no pão. De maneira que Jesus lhes pediu que lembrassem. "Lembrem-se", disse-lhes Jesus, "da alimentação dos cinco mil, e dos quatro mil; e lembrem quanto houve para comer e tudo o que sobrou. E quando vocês relembrarem estas coisas, sem dúvida deixarão de se preocuparem. Vocês já viram que, estando Eu presente, essas insignificâncias se solucionaram, e se podem voltar a solucionar. Não se preocupem mais e tenham confiança em mim."

2.     sentido metafórico. Levedura era a expressão metafórica que empregavam os judeus para referir-se a uma má influência. Para a mentalidade judia, a levedura sempre simbolizava o mal. Fermentava a massa. O judeu identificava fermentação com putrefação: a levedura representava tudo o que é mau, corrupto, podre. -  ensino e as crenças dos fariseus e saduceus.
Qual seria essa má influência dos fariseus e saduceus?
(1) Os fariseus viam a religião em termos de leis, mandamentos, normas e regras. Viam a religião em termos de ritual externo e pureza exterior. ERA viver no legalismo e religião. É uma advertência contra uma religião de coisas exteriores.
(2) Os saduceus tinham duas características: Eram ricos e aristocráticos, e estavam muito comprometidos com política. De maneira que o que Jesus dizia podia ser o seguinte: "Cuidem-se para jamais identificar o reino do céu com bens externos e de fixar suas esperanças em convertê-lo em uma atividade política." Uma advertência contra a tendência a dar muita importância às coisas materiais .


3.     O CENÁRIO DO GRANDE DESCOBRIMENTO - Mateus 16:13-16

Aqui temos o relato de um dos retiros de Jesus. Aproximava-se o fim e necessitava todo o tempo que pudesse para estar a sós com seus discípulos. Tinha tantas coisas a lhes dizer e tantas coisas a lhes ensinar, embora houvesse muitas coisas que eles não podiam tolerar nem compreender. Com esse fim se retirou aos distritos da Cesareia de Filipe. Cesareia de Filipe se encontra a uns quarenta e seis quilômetros ao nordeste do mar da Galileia. Estava fora do território pertencente o Herodes Antipas, governador da Galileia, e dentro da região pertencente o Felipe o tetrarca. A maior parte da população não era judia e ali Jesus estaria tranqüilo e poderia ensinar aos Doze.

Jesus nos últimos momentos com seus dias na carne contados. Só uma coisa importava: Havia alguém que podia entendê-lo?
Havia alguém que o tinha reconhecido pelo que era e por quem era?
Havia alguém que, uma vez que ele se fosse da carne, continuaria sua obra e trabalharia para seu Reino?
Não cabe a menor dúvida de que se tratava de um problema crucial que afetava a própria sobrevivência da fé cristã. Se não havia ninguém que tivesse compreendido a verdade, ou ao menos a tivesse vislumbrado, todo seu trabalho desapareceria. De maneira que Jesus se propôs a pôr tudo isto à prova e perguntar a seus seguidores quem eles criam que Ele era.
O CENÁRIO
O lugar onde Jesus fez a pergunta reveste-se de um profundo interesse. Pode haver poucos lugares que suscitassem mais associações religiosas que Cesareia de Filipe?
(1) O território estava coberto de templos do antigo culto ao Baal sírio. Não menos de quatorze desses templos nas proximidades. Tratava-se de um território cujo próprio ar   exalava a antiga religião dos deuses da antiguidade.

(2) Perto de Cesareia de Filipe se erguia uma grande colina e nela havia uma caverna profunda. Dizia-se que nessa caverna tinha nascido Pão o deus da natureza. Cesareia de Filipe tinha o nome original de Panias, e, até atualmente recebe o nome do Banias. As lendas dos deuses gregos se reuniam ao redor de Cesareia de Filipe.
(3) Além disso, afirmava-se que nessa caverna era onde surgiam as fontes do Jordão. Josefo escreve: "Trata-se de uma cova muito espaçosa na montanha debaixo da qual há uma grande cavidade na terra. A caverna é abrupta e prodigiosamente profunda e cheia de águas tranquilas. Por cima se eleva uma montanha muito alta e por baixo da caverna brotam as fontes do rio Jordão." A mera ideia de que este fosse o lugar de onde surgia o rio Jordão trazia a lembrança o passado judeu com o ar da antiga fé do judaísmo.
(4) Em Cesareia de Filipe havia um grande templo de mármore branco construído à divindade de César. Foi construído por Herodes o Grande. Josefo diz: "Herodes adornou mais ainda o lugar, que já era muito notável, com a construção deste templo, que dedicou a César." Mais adiante, Felipe, o filho de Herodes, embelezou e enriqueceu o templo ainda mais – a cidade de César – e acrescentou seu próprio nome – Filipo que significa de Felipe – para diferenciá-la da cidade da Cesareia que estava sobre as costas do Mediterrâneo. Representava o poderio e a divindade de Roma.

VEJAM UMA IMAGEM DRAMÁTICA: um carpinteiro da Galileia, sem um centavo, sem lar, com doze homens muito simples a seu lado. Nesse momento a elite ortodoxa de sua época está elaborando um plano mediante o qual pensa eliminá-lo e destruí-lo como um herege perigoso. Encontra-se em uma região cheia de templos dos deuses sírios; em um lugar que contemplavam os deuses gregos; em um lugar onde a história do Israel enchia as mentes dos homens, onde o esplendor de mármore branco da casa em que se rendia culto a César dominava a paisagem e obrigava à vista a posar-se nele. E ali – entre todos os lugares possíveis – se ergue este surpreendente carpinteiro e pergunta aos homens quem acreditam que Ele é, e espera a resposta: o Filho de Deus.
É como se Jesus se levantasse a propósito contra o pano de fundo das religiões do mundo em toda sua história e seu esplendor e exigisse que o comparassem com elas e que se decidissem em favor dEle.
Há poucas cenas em que a consciência de sua própria divindade brilha com uma luz mais maravilhosa em Jesus.


4.     QUEM JESUS É PRA VOCÊ?  - Mateus 16: 15

QUEM DIZEM QUE EU SOU?

- Alguns diziam que era João Batista (como Herodes Antipas)
- Outros diziam que era Elias. Ao fazê-lo afirmavam duas coisas sobre Jesus. Diziam que era tão grande como o maior dos profetas “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR” (Malaquias 4:5). Até o dia de hoje os judeus esperam a vinda de Elias antes da chegada do Messias, e até o dia de hoje deixam uma cadeira vazia para Elias quando celebram a Páscoa, porque quando chegar Elias, o Messias não demorará.
- Alguns diziam que era Jeremias. Jeremias ocupava um lugar estranho nas expectativas do povo de Israel. Acreditavam que antes que o povo partisse para o exílio Jeremias tinha tirado o arca e o altar do incenso do templo e os tinha oculto em um lugar solitário no Monte Nebo e que, antes da chegada do Messias, Jeremias voltaria e os devolveria e a glória de Deus voltaria para povo (2 Macabeus 2:1-12). Em 2 Esdras 2:18 a promessa de Deus é: "Para sua ajuda enviarei a meus servos Isaías e Jeremias."
Há uma lenda muito curiosa dos tempos das guerras macabeias. Jeremias, o profeta de Deus entregou a Judas uma espada de ouro, e ao dá-la, pronunciou estas palavras: 'Recebe, como presente de parte de Deus esta espada sagrada com a qual destroçarás aos inimigos."' (2 Macabeus 15:13-16).
Jeremias ERA a ajuda para seu povo em tempos de perigo PERTO DA VINDA DO MESSIAS.
Quando as pessoas identificavam a Jesus com Elias ou com Jeremias, elas o estavam elogiando e lhe dando um lugar muito alto, porque Jeremias e Elias eram nada menos que os precursores esperados do Ungido de Deus. Quando eles chegassem o Reino estaria muito perto.

Quando Jesus ouviu o veredicto da multidão, formula a pergunta fundamental: "E vós, quem dizeis que sou eu?" E Pedro faz seu grande descobrimento e sua grande confissão, e Jesus sabe que sua obra está a salvo porque pelo menos há uma pessoa que o compreende.
É interessante assinalar que cada um dos três evangelhos tem sua própria versão das palavras do Pedro. Mateus diz: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." Marcos é o mais sucinto de todos (Marcos 8:19): "Tu és o Cristo." Lucas é o mais claro (Lucas 9:20): "O Cristo de Deus."
Agora Jesus sabia que pelo menos uma pessoa o tinha reconhecido como o Messias, o Ungido de Deus, o Filho do Deus vivo. O Messias, o Cristo, o Ungido de Deus é o Rei divino de Deus sobre os homens.

Nesta passagem há duas grandes verdades.
(1) Em essência, o descobrimento do Pedro expressa que as categorias humanas, inclusive as mais excelsas eram inadequadas para descrever a Jesus Cristo. Jesus era o Filho do Deus vivente. Nenhuma descrição meramente humana era adequada para referir-se a Jesus Cristo.
(2) Esta passagem nos indica que nossa descoberta de Jesus Cristo deve ser uma descoberta pessoal. A pergunta de Jesus é: "Você, o que pensa você de mim?" Quando Pilatos perguntou a Jesus se era o rei dos judeus, a resposta de Jesus foi: "Vem de ti mesmo esta pergunta ou to disseram outros a meu respeito?" (João 18:33-34). Nosso conhecimento de Jesus jamais pode ser de segunda mão. Alguém pode conhecer tudo o que se tem dito a respeito de Jesus; pode conhecer todas as cristologias concebidas pela mente do homem; pode ser capaz de brindar um resumo competente do ensino sobre Jesus que fizesse cada pensador e teólogo do mundo – e, entretanto, não ser cristão. O cristianismo nunca consiste em conhecer algo sobre Jesus; sempre consiste em conhecer a Jesus. Jesus Cristo exige um veredicto pessoal. Não só perguntou a Pedro; pergunta a cada homem: "Você, o que pensa a meu respeito?"