sexta-feira, 22 de junho de 2012

QUEBRANTAMENTO INTERIOR

QUEBRANTAMENTO INTERIOR PARA RELACIONAR-SE BEM COM AS PESSOAS
TEXTO: 7 Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês. 8 Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês/ Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração. 9 Entristeçam-se, lamentem-se e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza.  Tiago 4.7-9
Introdução
            Como cultivar relacionamentos sólidos e confiáveis?  Isto não será possível sem que, antes, as pessoas sejam quebrantadas em seu interior. O quebrantamento fortalece os laços de amizades, dissolve mal-entendidos e ameniza sofrimentos. Mesmo sendo constituída de indivíduos "imperfeitos", como eu e você, a igreja local é um ambiente capaz de promover uni­dade, conciliar harmoniosamente diferenças se as pessoas se dei­xarem quebrantar em seu orgulho e pretensões.
            As barreiras levantadas em nosso meio, motivadas pelo orgu­lho, muitas vezes, desequilibram a harmonia existente. Só o que­brantamento pode superar tudo isto.
Definição/discussão
            Por que às vezes, temos dificuldade de nos submeter àqueles que presidem sobre nós? Por que não nos damos bem com certas pessoas? Não seria, em parte, falta de um espírito quebrantado? Não é difícil perceber que é muito mais fácil relacionar-se com uma pessoa quebrantada, humilde de coração, do que com as orgulhosas. Pois ela não é intransigente, “o orgulho precede a queda”.
            A verdadeira vida de fé exige uma atitude de abertura e de acolhida de encontros surpreendentes com o próximo, porque Deus age criativamente. Ele não pode ser previsto nem controlado.
            É extremamente monótono relacionar-se com pessoas previ­síveis, porque não se alicerçam no que são, mas no que parecem ser.
            Por que determinadas pessoas, pelas mais variadas razões, se atrofiam na capacidade de compreender seus semelhantes? A res­posta é simples: falta de um relacionamento sério com Deus. Da nossa relação com Deus emerge uma percepção mais clara das pessoas.
            Por que muitos preferem se isolar das pessoas a interagir com elas? Será que, no fundo, não falta quebrantamento espiritual? Só evidenciaremos que estamos trilhando o caminho do ver­dadeiro quebrantamento, quando passarmos a ter mais consciên­cia de nossos pecados do que dos pecados dos outros. É aqui que começa o processo de aprofundar nossos relacionamentos.
            Quando nos quebrantamos, Cristo é revelado em nosso ser e as pessoas são beneficiadas com isto ao relacionarem-se conosco. Portanto, uma demonstração de que estamos no processo de quebrantamento é quando o sentimento de “desforra” se foi e passamos a viver em inteira dependência do Senhor.
            O quebrantamento é um processo que deve acontecer, na prática, em duas perspectivas:
·         vertical - disposição de se relacio­nar bem com Deus, submetendo-se a Ele;
·         horizontal - disposi­ção de se relacionar bem com o próximo, resolvendo os conflitos e fazendo restituição.
            Para andarmos nestas duas dimensões, temos que nos esva­ziar de nossa obstinação e pretensões egoístas. Jamais experimen­taremos a Deus de forma profunda e, conseqüentemente, nos rela­cionaremos bem com as pessoas ao redor, sem a integração destas duas perspectivas.
            Como nos achegarmos a Deus? Pela oração e súplicas intensas, expressando o que está em nosso coração. Todo aquele que, com sinceridade de coração, chega-se a Deus, com intenção apenas de aproximar-se mais Dele, é confrontado em seus pró­prios maus caminhos e tem que tratar pessoalmente com seus pecados.
1. "Limpem as mãos" - simboliza as nossas ações: atividades, retidão moral, ações sem culpa. As "mãos sujas" por atos de peca­dos contra o próximo necessitam de limpeza.
2. "Purifiquem o coração" - simboliza nossas atitudes, moti­vos e desejos; pureza moral e espiritual, como refúgio da persona­lidade do cristão. Portanto, os "corações manchados" espiritual­mente pela filosofia do mundo sem Deus, precisam ser puri­ficados; seus motivos conflitantes precisam ser tratados.
            Todo aquele que vai ao encontro de Deus, com o coração arrependido e humilde, manifesta em sua vida diária os sinais visí­veis de quebrantamento interior, apontados por Tiago:
3. "Entristeçam-se” - significa perceber sua própria miséria, afligir-se por causa da sua infidelidade passada. Esta percepção das nossas limitações humanas, no tocante à luta da carne em nos­sos membros, é sinal claro de quebrantamento interior.
4. "Lamentem-se” - quer dizer, sentir tristeza pelo pecado. Jesus diz que os quebrantados de coração serão fartos, isto é, serão justificados e santificados. O autor conclama os "pecadores" a adotar a atitude do publicano. Ao publicano só restava confessar que era um pecador. Ele nem ao menos ousou levantar os olhos para o céu (Lc 18.13).
5. "Chorem" - clamar em alta voz, expressando os sentimen­tos mais profundos de arrependimento sincero.
6. "Troquem o riso por lamento" - demonstrar frutos de arre­pendimento. Transforme a "folia" mundana em pranto. Timothy B. Cargal diz que o "riso" e "gozo" que vêm da "amizade com o mundo", devem ser substituídos por lamento, pranto e tristeza quando alguém percebe que se tornou "inimigo de Deus”. Isso implica em mudanças de rumo, de atitudes.
Perguntas para discussão
1) Pense um pouco em algumas pessoas, do seu círculo de ami­zade, que são realmente quebrantadas de coração. É fácil ou difícil relacionar-se com essas pessoas? Por quê?
2) Como seria uma igreja local composta de pessoas quebrantadas de coração?
3) O que poderíamos cultivar, como igreja, para que o número de pessoas quebrantadas de coração aumente significativamente em nosso meio?
Restauração
            O momento em que Deus nos convence do pecado não é para leviandade. Ao contrário, é o momento de nos prostrarmos diante de Deus e lamentarmos nossa pecaminosidade, impotência, frieza e aridez de vida. É o momento de nos humilharmos e chorar­mos por nosso materialismo, secularismo e formalismo e de mani­festarmos interior e exteriormente o “fruto do genuíno arrependi­mento".
            A vida é um culto. Deus quer um culto santo, isento de qual­quer ação pecaminosa, sem qualquer ruptura nos relacionamen­tos:
·                  Se quisermos ver a vida de Deus fluir através de nós, influ­enciando outras pessoas, temos que nos deixar quebrantar.
·                  Se quisermos crescer na capacidade de adorar e amar ao Senhor significativamente, temos que nos deixar que­brantar.
·                  Se quisermos ser pessoas livres e dedicadas ao Senhor, temos que nos deixar quebrantar, para a glória de Deus fluir de nós.
Benefícios
            Viver em quebrantamento nos possibilitará relacionamentos saudáveis dirigidos pelo Espírito de Deus.  Nos relacionaremos bem com Deus e com nossos irmãos. Não guardaremos ressentimento algum, pois entregaremos todo o nosso ser ao Senhor Jesus em rendição total. Viver nessa perspectiva deve ser o alvo do cristão, testemunhando assim da novidade de vida em Cristo para os que estão ao seu redor.
            Deus deseja operar em nós um “espírito quebrantado”, deixemos que Ele faça essa obra em nós sem resistência do ego. Uma vez que isso aconteça será grande a operação de Deus através das nossa vidas.

Referências bibliográficas
            BOL – Bíblia Online.
            NCB – Novo Comentário da Bíblia.
            Bíblia de Referência Thompson,   Bíblia da Mulher
            Comentário Bíblico Pentecoslal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 1682.
             MACDONALD, Willian. Comentário Bíblico Popular. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 896

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE AS FESTAS JUNINAS


FESTAS JUNINAS
Este artigo foi extraído do site do: CACP – Centro Apologético Cristão de Pesquisas, fundado em 1998 é uma organização evangélica paraeclesiástica e interdenominacional que promove a fé cristã mediante a produção de pesquisas e informações religiosas.
Link http://www.cacp.org.br/midia/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1088&menu=16&submenu=3
Introdução
Depois do Carnaval, o evento mais esperado do calendário brasileiro são as festas juninas,que animam todo o mês de junho com muita música caipira, quadrilhas, comidas e bebidas típicas em homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Naturalmente as festas juninas fazem parte das manifestações populares mais praticadas no Brasil.
Seria as festas juninas folclore ou religião? Até onde podemos distinguir entre ambos? Neste estudo não pretendemos atacar a religião católica, já que todos podem professar a religião que bem desejarem, o que também é um direito constitucional. mas tão somente confrontar tais práticas com o que diz a Bíblia.
Herança Portuguesa
A palavra folclore é formada dos termos ingleses folk (gente) e lore (sabedoria popular ou tradição) e significa “o conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções; ou estudo e conhecimento das tradições de um povo, expressas em suas lendas, crenças, canções e costumes.
Como é do conhecimento geral, fomos descobertos pelos portugueses, povo de crença reconhecidamente católica. Suas tradições religiosas foram por nós herdadas e facilmente se incorporaram em nossas terras, conservando seu aspecto folclórico. Sob essa base é que instituições educacionais promovem, em nome do ensino, as festividades juninas, expressão que carrega consigo muito mais do que uma simples relação entre a festa e o mês de sua realização.
Entretanto, convém salientar a coerente distancia existente as finalidades educacionais e as religiosas.
é bom lembrar também que nessa época as escolas, "em nome da cultura", incentivam tais festas por meio de trabalhos escolares, etc... A criança que não tem como se defender aceita, pois se sente na obrigação de respeitar a professora que lhe impõe estes trabalhos (sobre festa Junina), e em alguns casos é até mesmo ameaçada com notas baixas, porquê a professora, na maioria das vezes, é devota de algum santo, simpatizante ou praticante da religião Católica, que é a maior divulgadora desta festa. Neste momento quando se mistura folclore e religião, a criança -inocente por natureza - rapidamente se envolve com as músicas, brincadeiras, comidas e doces. Aliás, não existiria esta festa não fosse a religião. Inclusive existe a competição entre clubes, famílias ou grupos para realizarem a maior ou a melhor festa junina da rua, do bairro, da fazenda, sítio, etc...
Além disso, não podemos nos esquecer de que o teor de tais festas oscila de região para região do país, especialmente no norte e no nordeste, onde o misticismo católico é mais acentuado.
As mais tradicionais festas juninas do Brasil acontecem em Campina Grande (Paraíba) e Caruaru (Pernambuco).
O espaço onde se reúnem todos os festejos do período são chamado de arraial. Geralmente é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro. Nos arraiás acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos caipiras.


Uma Suposta Origem das Festividades
Para as crianças católicas, a explicação para tais festividades é tirada da Bíblia com acréscimos mitológicos. Os católicos descrevem o seguinte:
“Nossa Senhora e Santa Isabel eram muito amigas. Por esse motivo, costumavam visitar-se com freqüência, afinal de contas amigos de verdade costumam conversar bastante. Um dia, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora para contar uma novidade: estava esperando um bebê ao qual daria o nome de João Batista. Ela estava muito feliz por isso! Mas naquele tempo, sem muitas opções de comunicação, Nossa Senhora queria saber de que forma seria informada sobre o nascimento do pequeno João Batista. Não havia correio, telefone, muito menos Intemet. Assim, Santa Isabel combinou que acenderia uma fogueira bem grande que pudesse ser vista à distância. Combinou com Nossa Senhora que mandaria erguer um grande mastro com uma boneca sobre ele. O tempo passou e, do jeitinho que combinaram, Santa Isabel fez. Lá de longe Nossa Senhora avistou o sinal de fumaça, logo depois viu a fogueira. Ela sorriu e compreendeu a mensagem. Foi visitar a amiga e a encontrou com um belo bebê nos braços, era dia 24 de junho. Começou, então, a ser festejado São João com mastro, fogueira e outras coisas bonitas, como foguetes, danças e muito mais!”.
Como podemos ver, a forma como é descrita a origem das festas juninas é extremamente pueril, justamente para que alcance as crianças.
As comemorações do dia de São João Batista, realizadas em 24 de junho, deram origem ao ciclo festivo conhecido como festas juninas. Cada dia do ano é dedicado a um dos santos canonizados pela Igreja Católica. Como o número de santos é maior do que o número de dias do ano, criou-se então o dia de “Todos os Santos”, comemorado em 1 de novembro. Mas alguns santos são mais reverenciados do que outros. Assim, no mês de junho são celebrados, ao lado de São João Batista, dois outros santos: Santo Antônio, cujas festividades acontecem no dia 13, e São Pedro, no dia 28.
Plágio do Paganismo
Na Europa antiga, bem antes do descobrimento do Brasil, já aconteciam festas populares durante o solstício de verão (ápice da estação), as quais marcavam o início da colheita. Dos dias 21 a 24, diversos povos , como celtas, bascos, egípcios e sumérios, faziam rituais de invocação da fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, prover a fartura nas colheitas e trazer chuvas. Nelas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses em que o povo acreditava. As pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos. Por exemplo: as cerimônias realizadas em Cumberland, na Escócia e na Irlanda, na véspera de São João, consistiam em oferecer bolos ao sol, e algumas vezes em passar crianças pela fumaça de fogueiras.
As origens dessa comemoração também remontam à antiguidade, quando se prestava culto à deusa Juno da mitologia romana. Os festejos em homenagem a essa deusa eram denominados “junônias”. Daí temos uma das procedências do atual nome “festas juninas”.
Tais celebrações coincidiam com as festas em que a Igreja Católica comemorava a data do nascimento de São João, um anunciado da vinda de Cristo. O catolicismo não conseguiu impedir sua realização. Por isso, as comemorações não foram extintas e, sim, adaptadas para o calendário cristão. Como o catolicismo ganhava cada vez mais adeptos, nesses festejos acabou se homenageando também São João. É por isso que no inicio as festas eram chamadas de Joaninas e os primeiros paises a comemorá-las foram França, Itália, Espanha e Portugal.
Os jesuítas portugueses trouxeram os festejos joaninos para o Brasil. As festas de Santo Antonio e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas como também aconteciam em junho passaram a ser chamadas de festas juninas. O curioso é que antes da chegada dos colonizadores, os índios realizavam festejos relacionados à agricultura no mesmo período. Os rituais tinham canto, dança e comida. Deve-se lembrar que a religião dos índios era o animismo politeísta (adoravam vários elementos da natureza como deuses).

As primeiras referências às festas de São João no Brasil datam de 1603 e foram registradas pelo frade Vicente do Salvador, que se referiu aos nativos que aqui estavam da seguinte forma: “os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque são muito amigos de novidade, como no dia de São João Batista, por causa das fogueiras e capelas”.
Sincretismo Religioso
Religiões de várias regiões do Brasil, principalmente na Bahia, aproveitam-se desse período de festas juninas para manifestar sua fé junto com as comemorações católica. O Candomblé, por exemplo, ao homenagear os orixás de de sua linha, mistura suas práticas com o ritual católico. Assim, durante o mês de junho, as festas romanas ganham um cunho profano com muito samba de roda e barracas padronizadas que servem bebidas e comidas variadas. Paralelamente as bandas de axé music se espalham pelas ruas das cidades baianas durante os festejos juninos.
Um fator fundamental na formação do sincretismo é que, de acordo com as tradições africanas, divindades conhecidas como orixás governavam determinadas partes do mundo. No catolicismo popular, os santos também tinham esse poder. “Iansã protege contra raios e relâmpagos e Santa Bárbara protege contra raios e tempestades. Como as duas trabalham com raios, houve o cruzamento. Cultuados nas duas mais populares religiões afro-brasileiros – a umbanda e o candomblé – cada orixá corresponde a um santo católico. Ocorrem variações regionais. Um exemplo é Oxóssi, que é sincretizado na Bahia com São Jorge mas no Rio de Janeiro representa São Sebastião. Lá, devido ao candomblé, o Santo Antônio das festas juninas é confundido com Ogun, santo guerreiro da cultura afro-brasileira.
Superstições
1- A Puxada do Mastro
Puxada do mastro é a cerimônia de levantamento do mastro de São João, com banda e foguetório. Além da bandeira de São João, o mastro pode ter as de Santo Antonio e São Pedro, muitas vezes com frutas, fitas de papel e flores penduradas. O ritual tem origem em cultos pagãos, comemorativos da fertilidade da terra, que eram realizados no solstício de verão, na Europa.
Acredita-se que se a bandeira vira para o lado da casa do anfitrião da festa no momento em que é içada, isto é sinal de boa sorte. O contrario indica desgraça. E caso aponte em direção a uma pessoa essa será abençoada.
2- As Fogueiras
Sobre as fogueiras há duas explicações para o seu uso. Os pagãos acreditavam que elas espantavam os maus espíritos. Já os católicos acreditavam que era sinal de bom presságio. Conta uma lenda católica que Isabel prima de Maria, na noite do nascimento de João Batista , ascendeu uma fogueira para avisar a novidade à prima Maria, mãe de Jesus. Por isso a tradição é acendê-las na hora da Ave Maria (às 18h).
Você sabia ainda que cada uma das três festas exige um arranjo, diferente de fogueira? Pois é, na de Santo Antonio, as lenhas são atreladas em formato quadrangular; na de São Pedro, são em formato triangular e na de São João possui formato arredondado semelhante à pirâmide.
3- Os Fogos de Artifício
Já os fogos dizem alguns, eram utilizados na celebração para “despertar” São João e chamá-lo para as comemorações de seu aniversário. Na verdade os cultos pirolátricos são de origem portuguesa. Antigamente em Portugal, acreditava-se que o estrondo de bombas e rojões tinha como finalidade espantar o diabo e seus demônios na noite de São João.
4- Os Balões
A saciedade “Amigos do Balão” nasceu em 1998 para defender a presença do ‘balão junino’ nessas festividades. O padre jesuíta Bartolomeu de Gusmão e o inventor Alberto Santos são figuras ilustres entre os brasileiros por soltarem balões por ocasião das festas juninas de suas épocas, portanto podemos dizer que eles foram os precursores dessa prática.
Hoje, como sabemos, as autoridades seculares recomendam os devotos a abster-se de soltar balões pelos incêndios que podem provocar ao caírem em urna floresta, refinaria de petróleo, casas ou fábricas. Essa brincadeira virou crime em 1965, segundo o artigo 26 do Código Florestal. Também está no artigo 28 da lei das Contravenções penais, de 1941. O infrator pode ir para a cadeia. Não obstante, essa prática vem resistindo às proibições das autoridades. Geralmente, os balões trazem inscrições de louvores aos santos de devoção dos fiéis, como por exemplo, “VIVA SÃO JOÃO!! !“, ou a outro santo qualquer comemorado nessas épocas.
Todos os cultos das festas juninas estão relacionados com a sorte. Por isso os devotos acreditam que ao soltar balão e ele subir sem nenhum problema, os desejos serão atendidos, caso contrário (se o balão não alcançar as alturas) é um sinal de azar.
A tradição também diz que os balões levam os pedidos dos homens até São João. Mas tudo isso não passa de crendices populares.
OS SANTOS
Santo Antônio
Alguns dizem que o nome verdadeiro desse santo não é Antônio, mas Fernando de Bulhões, segundo estes, ele nasceu em Portugal em 15 de agosto de 1195 e faleceu em 13 de junho de 1231.
Outros porém, afirmam que Fernando de Bulhões foi a cidade onde nasceu. Aos 24 anos, já na Escola Monástica de Santa Cruz de Coimbra, foi ordenado sacerdote.
Dizem que era famoso por conhecer a Bíblia de cor. Ao tomar conhecimento de que quatro missionários foram mortos pelos serracenos, decidiu mudar-se para Marrocos. Ao retomar para Portugal, a embarcação que o trazia desviou-se da rota por causa de uma tempestade, e ele foi parar na Itália. Lá, foi nomeado pregador da Ordem Geral.
Depois de um encontro com os discípulos de Francisco de Assis, entrou para a ordem dos franciscanos e foi rebatizado de Antônio. Viveu tratando dos enfermos e ajudando a encontrar coisas perdidas. Dedicava-se ainda em arranjar maridos para as moças solteiras. Sua devoção foi introduzida no Brasil pelos padres franciscanos, que fizeram erigir em Olinda (PE) a primeira igreja dedicada a ele. Faz parte da tradição que as moças casadouras recorram a Santo Antônio, na véspera do dia 13 de junho, formulando promessas em troca do desejado matrimônio. Esse fato acabou curiosamente transformando 12 de junho no “Dia dos Namorados”.
A fama de casamenteiro surgiu mesmo depois de sua morte, no século XIV. Diz a lenda que uma moça pobre pediu ajuda a Santo Antonio e conseguiu o dote que precisava para poder casar. A história se espalhou e hoje é o santo que homens e mulheres recorrem quando o objetivo é encontrar sua metade.
No dia 13, multidões se dirigirem às igrejas pelo pão de Santo Antônio. Dizem que é bom carregar o santo na algibeira para receber proteção.
Uma outra curiosidade é que a imagem deste santo sempre aparece com o menino Jesus no colo. Você sabe por quê? Existem duas versões para isso: uma, diz que o menino representa o quanto ele era adorado pelas crianças; a outra, que ele era um pregador tão brilhante que dava vida aos ensinos da Bíblia. O menino seria a personificação da palavra de Deus.
É bastante comum entre as devotas de Santo Antônio colocá-lo de cabeça para baixo no sereno amarrado em um esteio. Ou então jogá-lo no fundo do poço até que o pedido seja satisfeito. Depois cantam:
“Meu Santo Antônio querido,
Meu santo de carne e osso,
Se tu não me deres marido,
Não te tiro do poço”.
As festas antoninas são urbanas, caseiras, domésticas, porque Santo Antônio é o santo dos nichos e das barraquinhas.
Na A Tribuna de 14 de junho de 1997, página A8, lemos: “O dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, foi lembrado.., com diversas missas e a distribuição de 10 mil pãezinhos. Milhares de fiéis compareceram às igrejas para fazer pedidos, agradecer as graças realizadas e levar os pães, que, segundo dizem os fiéis, simbolizam a fé e garantem fartura à mesa”. Ainda para Santo Antônio, cantam seus admiradores:
“São João a vinte e quatro,
São Pedro a vinte e nove,
Santo Antônio a treze,
Por ser o santo mais nobre”.
São João
A Igreja Católica o consagrou santo. Segundo essa igreja, João Batista nasceu em 29 de agosto, em 31 A.D., na Palestina, e morreu degolado por Herodes Antipas, a pedido de sua enteada Salomé (Mt 14.1-12). A Bíblia, em Lucas 1.5-25, relata que o nascimento de João Batista foi um milagre, visto que seus pais, Zacarias e Isabel, na ocasião, já eram bastante idosos para que pudessem conceber filhos.
Em sua festa, São João é comemorado com fogos de artifício, tiros, balões coloridos e banhos coletivos pela madrugada. Os devotos também usam bandeirolas coloridas e dançam. Erguem uma grande fogueira e assam batata-doce, mandioca, cebola-do-reino, milho verde, aipim etc. Entoam louvores e mais louvores ao santo.
As festas juninas são comemoradas de uma forma rural, sempre ao ar livre, em pátios e/ou grandes terrenos previamente preparados para a ocasião.
João Batista, biblicamente falando, foi o precursor de Jesus e veio para anunciar a chegada do Messias. Sua mensagem era muito severa, conforme registrado em Mateus 3.1-11. Quando chamaram sua atenção para o fato de que os discípulos de Jesus estavam batizando mais do que ele, isso não lhe despertou sentimentos de inveja (Jo 4.1), pelo contrário, João Batista se alegrou com a notícia e declarou que não era digno de desatar a correia das sandálias daquele que haveria de vir, referindo-se ao Salvador (Lc 3.16).
Se em vida João Batista recusou qualquer tipo de homenagem ou adoração, será que agora está aceitando essas festividades em seu nome, esse tipo de adoração à sua pessoa? Certamente que não!
São Pedro
É atribuída a São Pedro a fundação da Igreja Católica, que o considera o “príncipe dos apóstolos” e o primeiro papa. Por esse motivo, os fiéis católicos tributam a esse santo honrarias dignas de um deus. Para esses devotos, São Pedro é o chaveiro do céu. E para que alguém possa entrar lá é necessário que São Pedro abra as portas.
Uma das crendices populares sobre São Pedro (e olha que são muitas!) diz que quando chove e troveja é por que ele está arrastando os móveis do céu. Pode!
Na ocasião, ocorrem procissões marítimas em sua homenagem com grande queima de fogos. Para os pesca-dores, o dia de São Pedro é sagrado. Tanto é que eles não saem ao mar para pescaria. É ainda considerado o santo protetor das viúvas.
A brincadeira de subir no pau-de-sebo (uma árvore de origem chinesa) é a que mais se destaca nas festividades comemorativas a São Pedro. O objetivo para quem participa é alcançar os presentes colocados no topo.
Os sentimentos do apóstolo Pedro, eram extremamente diferentes do que se apregoa hoje, no dia 29. De acordo com sua forma de agir e pensar, conforme mencionado na Bíblia, temos razões para crer que ele jamais aceitada os tributos que hoje são dedicados à sua pessoa.
Quando Pedro, sob a autoridade do nome de Jesus, curou o coxo que jazia à porta Formosa do templo de Jerusalém e teve a atenção do povo voltada para ele como se por sua virtude pessoal tivesse realizado o milagre não titubeou, mas declarou com muita segurança sua dependência do Deus vivo e não quis receber nenhuma homenagem (cf. Atos 3:12-16 ; 10:25,26).
Os Evangélicos e as Festas Juninas
Diante de tudo isso, perguntamos: “Teria algum problema os evangélicos acompanharem seus filhos em uma dessas festas juninas realizadas nas escolas, quando as crianças, vestidas a caráter (de caipirinha), dançam quadrilha e se fartam dos pratos oferecidos nessas ocasiões: cachorro-quente, pipoca, milho verde etc?”. É óbvio que nenhum crente participa dessas festas com o objetivo de praticar a idolatria, pois tal procedimento, por si só, é condenado por Deus!
Quanto à essa questão, tão polêmica, é oportuno mencionar o comportamento de certas igrejas evangélicas, com a alegação de estarem propagando o evangelho durante o Carnaval, dedicam-se a um tipo duvidoso de evangelização nessa época do ano. Fazem de tudo, inclusive usam blocos carnavalescos com nomes bíblicos. Não devemos nos esquecer, no entanto, de que as estratégias evangelísticas devem ocorrer o ano todo, e não apenas em determinadas ocasiões, O mesmo acaba acontecendo no período das festas juninas. Ultimamente, surgiram determinadas igrejas evangélicas que, a fim de levantar fundo para os necessitados e distribuir cestas básicas aos pobres, estão armando barracas junto com os católicos em locais em que as festas juninas são promovidas por órgãos públicos. Os produtos que vendem, diga-se de passagem, são característicos das festividades juninas. Os “cristãos” que ficam nas barracas vestem-se a caráter e pensam que, dessa forma, estão procedendo biblicamente.
E o que dizer das igrejas que promovem festas juninas em suas próprias dependências com a alegação de arrecadarem fundos? As festas juninas têm um caráter religioso que desagrada a Deus. Nestas festas ocorrem rezas, canções e missas; as comidas e doces são oferecidos a estes santos -claro que os que comem não são os santos, mas os que participam dela. Este procedimento de "oferecer comida aos santos" é muito parecido aos despachos espíritas nos cemitérios e encruzilhadas; talvez a diferença seja o local da "festa". Então, como separar o folclore da religião se ambas estão intrinsecamente ligadas? O povo de Israel abraçou os costumes das nações pagãs e foi criticado pelos profetas de Deus. A vida de Elias é um exemplo específico do que estamos falando. Ele desafiou o povo de Israel a escolher entre Jeová Deus e Baal. O profeta pôs o povo à prova: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o”(lRs 18.21). É claro que o contexto histórico do texto bíblico em pauta é outro, mas, como observadores e seguidores da Palavra de Deus, devemos tomar muito cuidado para não nos envolvermos com práticas herdadas do paganismo. Pois é muito arriscada a mistura de costumes religiosos, impróprios à luz da Bíblia, adotada por alguns evangélicos. É preciso que os líderes e pastores aprofundem a questão, analisem a realidade cultural do local em que desenvolvem certas atividades evangelísticas e ministério e orientem os membros de suas respectivas comunidades para que criem e ensinem os filhos nos preceitos recomendados pela Palavra de Deus. O simples fato de proibirem as crianças de participar dessas comemorações na escola em que estudam não resolve o problema, antes, acaba agravando a situação.
O que diz a Bíblia
Para muitos cristãos, pode parecer que a participação deles nessas festividades juninas não tenha nenhum mal, e que a Bíblia não se posiciona a respeito. O apóstolo Paulo, no entanto, declara em I Coríntios 10.11 que as coisas que nos foram escritas no passado nos foram escritas para advertência nossa. Vejamos o que ele disse: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”.
O que nos mostra a história do povo de Israel em sua caminhada do Egito para Canaã? Quando os israelitas acamparam junto ao Monte Sinai. Moisés subiu ao monte para receber a lei da parte de Deus. A demora de Moisés despertou no povo o desejo de promover uma festa a Deus. Arão foi consultado e, depois de concordar, ele próprio coletou os objetos de ouro e fabricou um bezerro com esse material, O texto bíblico diz o seguinte:
“Ele os tomou das suas mãos, e com um buril deu forma ao ouro, e dele fez um bezerro de fundição. Então eles disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isto, edificou um altar diante do bezerro e, apregoando, disse: Amanhã será festa ao Senhor” (Êx 32.4-5).
Qual foi o resultado dessa festa idólatra ao Senhor? Deus os puniu severamente: “Chegando ele ao arraial e vendo o bezerro e as danças. acendeu-se-lhe a ira, e arremessou das mãos as tábuas, e as quebrou ao pé do monte. Então tomou o bezerro que tinham feito, e o queimou no fogo, moendo-o até que se tomou em pó, e o espargiu sobre a água, e deu-o a beber aos filhos de Israel.
O teor religioso das festas juninas não passa de um ato idólatra quando se presta culto a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como crentes, devemos adorar somente a Deus: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Assim, nossos lábios devem louvar tão-somente o Senhor Deus: “Portanto, ofereçamos sempre por meio dele a Deus sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15). O texto de Apocalipse 7.9 é um bom exemplo do que estamos falando: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas com palmas nas suas mãos. E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”.
É possível imaginar um cristão cantando louvores a São João Batista? O cântico seria mais ou menos assim:
“Onde está o Batista?”.
Ele não está na igreja,
Anda de mastro em mastro,
A ver quem o festeja”.
Lembramos a atitude de Paulo e Barnabé diante de um ato de adoração que certos homens quiseram prestar a eles: “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Bamabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes. Porém, ouvindo isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, Sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há” (At 14.11-15).
Os Santos não Podem Ajudar
Normalmente, as pessoas que participam das festas juninas querem tributar louvores a seus patronos como gratidão pelos benefícios recebidos. Admitem que foram atendidas por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. Crêem também que esses santos podem interceder por elas junto a Deus. Entretanto, os santos não podem fazer nada pelos vivos. Pedro e João, como servos de Deus obedientes que foram, estão no céu, conscientes da felicidade que lá os cercam (Lc 23.43; 2Co 5.6-8; Fp 1,21-23). Não estão ouvindo, de forma nenhuma, os pedidos das pessoas que os cultuam aqui na terra. O único intercessor eficaz junto a Deus é Jesus Cristo. Diz a Bíblia: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (um 2.5).
E mais:
“É Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os monos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.34).
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, ternos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos. mas também pelos de todo o mundo” (lJo 2.1-2).
Foi o próprio Senhor Jesus quem nos disse que deveríamos orar ao Pai em seu nome para que pudéssemos alcançar respostas aos nossos pedidos: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu o farei”(Jo 14.13-14).
Quanto ao teor religioso das festas juninas, podemos declarar as palavras de Deus ditas por meio do profeta:
“Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembléias solenes não me exalarão bom cheiro” (Arn 5.21).
Como seguidores de Cristo, suplicamos, diante desta delicada exposição, que Deus nos conceda sabedoria para que consigamos proceder de uma maneira que o agrade em todas as circunstâncias, pois: “toda ação de nossa vida toca alguma corda que vibrará na eternidade” (E. H. Chapin).
Algo em Que se Pensar
O Brasil é um dos maiores paises agrícola do mundo. Até conhecemos aquela frase elogiando as terras brasileiras: nas quais, "... em se plantando tudo dá". No entanto (pasmem), o governo está importando (isto é, comprando) de outros países arroz, feijão, trigo, café, cacau etc. Era para estarmos exportando, vendendo, aumentando o capital, e não comprando, pois temos terras de excelente qualidade. Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do "homem do campo". Sabemos que existe um êxodo rural muito grande, 80% da população brasileira vive nas cidades e somente 20 % vivem no campo. Não estaria as festas juninas contribuindo para formar uma imagem negativa de nosso povo da zona rural? Não é exagerado o ponto de vista em que sugere que a imagem do homem do campo por vezes é humilhada nas festas juninas.
Veja: qual criança se espelharia no típico caipira das quadrilhas de festas juninas? Quais delas diria: "quando crescer quero ser um caipira, ou homem do campo, com as roupas remendadas"? As crianças querem ser médicos, professoras, atrizes, pois estes não são humilhados nas festas juninas. As Festas Juninas inconscientemente ou não, servem mais para humilhar as pessoas do campo do que para honrá-las como pretendem; o caipira, quando não é banguela, é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, uma alusão ao espantalho, um pobre coitado! - pois talvez seja assim que os grandes latifundiários vêem o caipira, e essa visão é reproduzida por nossas crianças nas escolas. Poderia isto ser chamado de FOLCLORE e CULTURA?
A Bíblia diz categoricamente que "o que escarnece (humilha) do pobre insulta ao que o criou" (Pv. 17:5). Disso decorrem problemas urbanos graves como o favelamento e os menores abandonados, pois como os "caipiras" não conseguem sobreviver no campo, pensam que na cidade encontrarão trabalho. A esse processo dá-se o nome de "Êxodo Rural". E o nosso país agrícola é desmatado, onde só se planta pasto para boi gordo, e expulsa o homem do campo.
Motivos para não Participar de Festas Juninas
Diante de tudo o que foi dito acima daremos uma recapitulação expondo o "porquê" de não participarmos de festas juninas. Vejamos então:
Plágio do Paganismo - Como vimos, as bases das festas juninas estão fincadas nas práticas das festividades pagãs, onde os pagãos na mesma data ofereciam seus louvores e suas festas em honra daqueles deuses. Eram as festas pelas colheitas. As festas juninas usurpou isto dos gentios, com apenas o detalhe de transvestir tais festas com roupagem cristã. No entanto, quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida adverti-os severamente para que não usassem esse tipo de costume, diz Ele: "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos." [Deut. 18:9]. Independentemente das intenções, fossem elas boas ou não, o plágio fora terminantemente proibido por Deus.
Os Santos não Intercedem - É notório que estas festividades são para homenagear os três santos. Nestas datas as pessoas invocam sua proteção através de missas e fazem promessas e pedidos confiando em sua suposta intercessão. Não obstante, temos razões bíblicos em abundancia para rejeitarmos estas mediações que os devotos tanto acreditam. A Bíblia nos diz que existe um só mediador entre Deus e os homens: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem," [I Tm. 2:5]. Este verso exclui todos os demais mediadores forjados pela mente humana. Se temos que pedir alguma coisa a alguém, esse alguém tem de ser Jesus Cristo, veja o que Ele mesmo diz: "...e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei." [João 14:13,14]. Em toda a Bíblia não se encontra nenhum incentivo para fazermos nossos pedidos, promessas e votos a terceiros.
Os Santos não Escutam Orações - Um devoto junino acredita piamente que seus "santos" ouvem suas petições por ocasião destas festividades natalícias ou fora delas, mesmo sabendo que estas personagens já morreram há séculos! Mais uma vez a Bíblia rejeita este conceito por declarar a posição correta dos mortos em relação aos vivos: "Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." [Eclesiastes 9:5,6]. Veja que o verso nos diz que os que já morreram não sabem coisa nenhuma do que acontece aqui em nosso mundo, na terra (debaixo do sol). é claro que há consciência onde eles estão, mas aqui em nosso mundo eles não podem ajudar ou atrapalhar ninguém.
Invocação de Espíritos dos Mortos - Como já vimos, há uma crença em que o espírito de São João possa ser despertado por ocasião da soltura de foguetes, afim de vir participar daquela festividade em sua homenagem. Folclore ou não, isto reflete de modo perfeito a crença católica da invocação dos santos. é claro que se o santo já morreu, o que é invocado é o espírito dele, e isto bate de frente com a advertencia bíblica a respeito da consulta aos mortos. Vejamos: "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?" [Isaías 8:19]. E mais: "Não se achará no meio de ti nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti." [Deut. 18:9,-12]. No fundo a prática de invocar o espírito dos santos nada mais é do que uma prática espírita e como tal, é reprovada por Deus.
Outro Espírito Recebe em Lugar do Santo - Como ficou demonstrado biblicamente os espíritos dos santos não sabem de nada do que acontece em nosso mundo, portanto não podem interceder por ninguém. Já que eles são neutros nisso tudo, para quem vai então às honras e os louvores destas festividades afinal? O apostolo Paulo estava ensinando quase a mesma coisa aos cristãos de Corinto quando disse: "Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios." Um pouco antes, ele acabara de dizer que o ídolo nada é ( 8:4 ), ou seja, quando os gentios sacrificavam suas oferendas e suas festividades a tais deuses, eles na verdade estavam sacrificando aos demônios (que eram os únicos a receberem tais oferendas), pois o ídolo nada é. Não estaria acontecendo algo similar nas festas juninas? Quando um devoto oferece sua colheita, suas oferendas e festividades a tais santos que segundo a Bíblia, não pode interceder e saber o que está acontecendo, quem então as recebe? Ou então, quando o pedido é atendido, quem concede estas "graças" às pessoas nas festas juninas? De uma coisa temos certeza: dos santos é que não são!
Comidas e Imagens - Por último temos duas práticas rejeitadas pela Palavra de Deus. As comidas que são oferecidas nas festas juninas por vezes são benzidas e oferecidas ao santo que nada mais é do que um ídolo, pois a ele se fazem orações, carregam sua imagem em procissões, beijam-na, prostram-se diante dela etc. Como exemplo, temos o famoso pãozinho de Santo Antonio! Entretanto, a Bíblia diz: "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos...não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios." [Atos 15:29 ; I Co. 10:21]. Quanto às imagens dedicadas aos santos, elas são proibidas pela Bíblia nos seguintes termos: "Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te encurvarás diante delas, nem as servirás;" [Deut. 5:8,9]. Estes são resumidamente alguns poucos motivos, para todo cristão genuíno não participar de tais festividades.
Conclusão
Pare e pense: como vimos, todas as práticas encontradas nas festas juninas são rejeitadas pela Palavra de Deus. Será que Deus se agradaria de tais festividades, quando sabemos que elas desobedecem explicitamente o que Ele ordenou em sua santa Palavra? Será que os católicos realmente estão honrando a Deus com isso? Pense novamente: Se Deus rejeitou as festas de Israel que eram dedicadas somente a Ele [Amós 5:21-23] , mas que haviam sido mescladas com elementos dos cultos pagãos dos países vizinhos, não rejeitaria com mais veemência ainda as ditas festas "cristã" dedicada aos santos?
Matéria compilada e adaptada pela equipe editorial do CACP.
Fontes de consultas:
Defesa da Fé - junho de 2002 nº45;
Jornal - Folha de Rio Preto, 22/06/2003;
Revista - Galileu Junho 2003 nº143;
Artigo do CACP - "As Maldições das Festas Juninas" - Pr. Afonso Martins;
Anotações particulares do Pb. Paulo Cristiano da Silva.

A DEPRESSÃO E SUA CURA


A DEPRESSÃO E SUA CURA
Texto base: 1 Rs 19:1-16
·        INTRODUÇÃO
·        Nossa pretensão neste Estudo, é abordar o tema depressão sob a perspectiva bíblica.
·        Em Heb. 4:12 diz: “a Palavra de Deus é mais penetrante que espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, das juntas e medulas e dos pensamentos e intenções do coração.
·        Sendo assim, ela quando aplicada é a melhor terapia para as crises humanas, pois é capaz de mostrar as grandes causas de nossos conflitos e ainda nos curar deles.
·        A depressão tem sido o drama de inúmeros brasileiros, em especial, a muitos evangélicos.
·        Muitos Pastores ensinam que a depressão é uma manifestação "diabólica", mesmo que seja  em crentes.
·        Estaremos mostrando que a depressão não é um desafio novo a vida cristã, mas que ela já fez parte da vida de muitos homens de Deus da história bíblica.
·        Exemplos de servos de Deus que tiveram Depressão:
·        O salmo 42, onde o salmista sente sua alma numa sequidão profunda, numa ausência de sentido para a vida ao ponto de assimilar a indagação dos ímpios: Onde está o seu Deus?
·        Por que não dizer de Elias, que ameaçado por Jezabel afugenta-se, pede a morte, esconde-se numa caverna, que existencialmente revela a complexidade de seus conflitos.
·        Tentaremos abordar este tema de forma a mostrar que este problema é mais fácil de superar quando se reconhece que ele faz parte da vida como os demais e precisa ser encarado sobre a perspectiva da graça de Deus.
i -  QUAIS OS SINTOMAS DA DEPRESSÃO?
·        Dentro deste assunto estaremos mostrando algumas reações sintomáticas que sempre acometem a vida de uma pessoa depressiva. Vejamos:
1 -  visão pessimista e se torna autodepreciativo.
·        Passa a ver tudo do ponto de vista negativo, parece perder a fé na vida.
·        Sempre se desvaloriza diante de pessoas e situações das quais se sente desafiado.
·        E, por fim, chega a conclusão de que não vale a pena viver.
·        O conselho de Abraão Lincoln para este tipo faz muito sentido quando ele diz: " A maioria das pessoas será feliz na medida em que decidir sê-lo".
2 -PERDA do apetite
·        Como conseqüência ocorre a perda de peso
·        A pessoas que quando deprimidas passam a comer mais, enquanto outras perdem o apetite.
3 - O deprimido sofre perturbações do sono,
·        É uma sensação de cansaço físico e emocional impressionante e lentidão na fala e pensamentos.
·        Quando uma pessoa está deprimida, mesmo sem ter feito muita coisa, sente-se indisposto para trabalhar, algumas vezes até mesmo para tomar o café da manhã.
·        Quando tenta falar nestas ocasiões nem ela mesmo consegue ouvir o que está dizendo.
·        A mente como um idoso cansado a subir um mui alto morro.
4 - sentimentos de culpa e indignidade.
·        Essas culpas são reais ou imaginárias.
·        Por exemplo: algumas pessoas deprimidas por crises financeiras podem se sentir culpadas por não serem ricas, que não faz nenhum sentido. E destas culpas, reais ou não, advém a "síndrome do coitadinho", ou seja, a pessoa passa a enfatizar seus defeitos e suprimir suas qualidades.
5 -  Isolamento social e familiar, introspecção.
6 -  Tristeza profunda e constante,
7        -  Falta de esperança que conduz a incapacidade de lutar pelo que se acredita na vida, a incapacidade de tomar decisões
8         - E tonturas, palpitações, dificuldades respiratórias, acidez estomacal, mudanças de temperamento e 
9        -  Sensação de Inutilidade
10    -  Sensação de cansaço
11    Diminuição da Capacidade de Concentração
12    Dor Crônica
13    Ansiedade
14    Indecisão ou Insegurança
15    Medo e Choro Fácil
16    Diminuição do Impulso Sexual
17    Hipocondria
18    Irritabilidade
19    Redução da Capacidade de Experimentar Prazer
20    Desesperança
21    DESEJO DE Suicídio
·        Estes e outros sintomas perfazem o quadro de um deprimido e a pergunta natural que fazemos em vista de tão complexa sintomatologia é;
 II  -  Quais sãos as causas da depressão?
·        Tentaremos enumerar algumas coisas que acreditamos ser causas da depressão, dividindo-as em algumas partes. Mas antes é bom dizer que os especialistas afirmam que algumas pessoas possuem propensão a depressão por questões genéticas, mas estas não são a maioria, por isso estudemos algumas causas.


1.      Causas existenciais
·        As principais são:
1.      Perda de um ente querido.
2.      Ruptura de um romance
3.      Rejeição por parte de pessoas queridas
4.      Separação matrimonial ou conflitos conjugais
5.      Enfermidades prolongadas
6.      Esgotamento físico-mental
7.      Endividamentos, crimes, acidentes e etc... 


2.  Causas psicológicas
·        Dentre estas causas, destacamos
1.      a baixa estima,
2.      o complexo de inferioridade,
3.      o perfeccionismo,
4.      a solidão e a idade elevada.
5.      A ira, o rancor, o ódio e qualquer tipo de hostilidade,
·        ... quando reprimidas no coração tendem a nos deprimir e a provocar variadas reações em cadeia que muito nos prejudicam.
6.      Um outro detalhe que não pode ser esquecido é que a culpa por pecados ocultos também pode ser uma grande causadora da depressão.  Aliás, não só a depressão é patrocinada por causas psicológicas, mas grande parte das nossas doenças é também causada por este conflito.
3.  Causas espirituais
·        Ilustração:
·        Certa vez, em um programa de rádio, um irmão estava orando e repreendendo o "espírito de depressão" que atuava sobre a vidas das pessoas.
·        Na verdade não existe este "espírito", mas uma coisa é certa todos os demônios deprimem as pessoas, pois esta é a missão deles.
·        Contudo, se por falta de preparo um pastor considera estes tipos de problemas como sendo apenas espirituais, ele terá pessoas doentes em sua igreja.
1.      .. É preciso entender a necessidade de um especialista nestes casos
2.      ...e também deve se ministrar mais freqüentemente sobre estes assuntos objetivando a cura.
·        A Bíblia fala de dois tipos de tristezas que podem nos acometer, "tristeza segundo Deus" e a "tristeza segundo o mundo".
·        Na "tristeza segundo Deus" opera-se o arrependimento, mas na "tristeza segundo o mundo" opera a morte, e naturalmente a depressão. 2 Co 7.10
·        Os cristãos devem discernir quando é que se esta enfrentando um abatimento,  uma crise intima por causa de pecados e um abatimento que leve a destruição.
·        Para melhor compreendermos este tema estudaremos, pois, a depressão de Elias. 
III -  Elias, um homem de Deus deprimido. (1RS 19:1-16)
·        Quem lê o contexto antecedente deste capítulo fica sem entender esta ultima atitude de Elias.
·        Porque Elias foge da ameaça de uma mulher depois de ter prodigiosamente ter desafiado 450 homens e os vencidos?
·        Porque sua espiritualidade se curva de tal modo a fugir, a esconder-se?
·        Por que ele se deixou deprimir? Diríamos nós!!!
1.      Primeiro, porque quando ele chega na cidade percebe que tudo o que ele fez, parece não ter produzido o resultado esperado.
·        Pois ao invés dele ter sido recebido ele foi ameaçado.
·        Então ele se enche de medo, perde sua confiança inabalável no livramento de Deus e começa a fugir das piores humilhações que um homem pode receber, a humilhação de uma mulher.
·        E para fugir ele teve que caminhar muito já estando cansado ao ponto de chegar ao deserto e deitar-se debaixo de um zimbro pedindo a morte.
·        Aqui está o ápice de seu estado depressivo. Ele não quer morrer nas mãos de uma mulher como Jezabel, mas não admite fugir dela. ISSO É O CONFLITO. É quando temos que decidir entre dois caminhos onde ambos oferecem perda para nós. Um exemplo é quando a pessoa se apaixona por uma pessoa errada que não é da vontade de Deus e chega no vale da decisão, agora tem que decidir entre a vontade de Deus e sua paixão. O conflito é a pessoa não quer desobedecer a Deus e também não quer perder sua paixão.
·        Talvez ele se perguntasse:
1.      porque eu não cri em Deus e fiquei lá mesmo a esperar o livramento de Deus?
2.       Como aquele povo me veria agora?
3.      Que belo profeta sou eu?
·        Não sei se eram estes os pensamentos mais que eram pensamentos negativos eu sei, pois levavam ao desejo de morrer.
·        E este tipo de desejo é comum em momentos que nos culpamos e nos sentimos inferiorizados por alguma coisa.
·        E ainda ele corre e entra numa caverna, que significa muitas coisas dentre elas que ele havia se fechado para o mundo, num universo reduzido a seus censos de proteção, longe de todo mundo na caverna de suas próprias razões e afirmações esperando um encontro com Deus.
·        E o interessante é que Deus não lhe culpa por seus sentimentos, não lhe dá um sermão por ter fugido, se escondido, pedido a morte.
·        Antes, Deus aparece como médico de Elias e o introduz dentro de uma terapia anti-depressiva que resolve o problema de Elias.
·        Veremos agora quais foram os meios usados por Deus para curar a depressão de Elias.
IV - Como Deus curou a Elias de sua depressão?
1 - Deus deu-lhe umas boas férias, com bastante comida e horas de repouso. v 8
·        Ser profeta como Elias e no momento dele era estressante e cansativo.
·        Elias estava esgotado físico-emocionalmente e Deus sabia disto.
·         E a terapia usada foi repor este esgotamento de Elias permitindo-o dormir e se alimentar bem.
·        A boa alimentação e o repouso físico são essenciais a recuperação dos deprimidos.
·        O sono deve ser de no mínimo oito horas e a alimentação deve se bem administrada.
·        Se possível, umas pequenas férias poderia ajudar, pois nos tiraria do nosso estado depressivo.
2 - Deus o conduz a reflexão consciente sobre sua condição. Que fazes aqui Elias? v 10
·        Na depressão nos tornamos todo emoção e deixamos de refletir sobre nossas verdadeiras causas.
·        A pergunta de Deus mexe com as razões de Elias, com as causas da caverna.
·        Levam-no a indagar sobre sua posição atual e sobre a vontade de Deus para ela.
·        E aqui que entra o trabalho do conselheiro cristão, que quando leva-nos a pensar em nossas razões ajuda-nos a sair do problema.
·        Muitas vezes nos deprimimos por coisas tão insignificantes que quando levado a pensar sobre elas, descobrimos que nossas revoltas e tristezas não tinham nenhuma procedência lógica.
3 - Deus o conduz a expor tudo que estava no seu coração em forma de confissões.
·        Por meio daquela pergunta de Deus a Elias, este se pôs a confessar o motivo de depressão, confira;
·        "E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem."
·        Nem tudo o que Elias confessou era procedente, mas pelo menos ele "descarregou" aquela carga de sentimentos e pensamentos que lhe atormentavam o ser.
·        E Deus levou-o a entender algumas razões de sua "caverna".
·        O Senhor permite que ele experimente tremendas manifestações do poder de Deus que não tinham a presença dele, observem;
·        Veja o que Deus lhe disse: (1RS 19:11-14) 11  Disse-lhe Deus: Sai e põe-te neste monte perante o SENHOR. Eis que passava o SENHOR; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do SENHOR, porém o SENHOR não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto;
12  depois do terremoto, um fogo, mas o SENHOR não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave.
13  Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
14  Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.

1.      Com isto Deus levava-o a entender a diferença entre se ter o poder e se ter a presença de Deus, entre se conhecer o poder e conhecer a presença.
2.      Ensinava-o também a ouvir a voz de Deus, que nem sempre se faz ouvida nas manifestações mais fantásticas de Deus na história.
3.      E ainda Deus lhe fere o ego e cura-o do exclusivismo religioso no qual se encontrava, informando-o que ele não era o único profeta que sobrava, mas existiam sete mil que também se mantinham santos a Deus os quais ele não conhecia.
4.      Ou seja, Deus não estava perdendo, a coisa não estava feia para Deus, ele não era tudo o que Deus tinha.
5.      Deus mostra-lhe que a obra dele era maior do que Elias e do que ele pensava e que tudo estava sobre seu controle não existindo, portanto, razão para se desesperar, se deprimir.
·        Às vezes nos deprimimos por não entender esta Soberania de Deus.
·        E diante dos nossos problemas, ou até mesmo dos problemas da igreja ou ministério, pensamos que está tudo perdido e perdemos a esperança na ação de Deus a nosso favor.
·        E quando perdemos a esperança em Deus vendo a sua ação sob a perspectiva de nossa experiência, caímos em grande depressão.

4 - Deus o convida a comunhão da sua presença.
·        No verso 11 Deus o convida para se colocar em sua presença.
·        Deus esta fora da caverna e convida Elias a sair.
·        É importante que na hora da depressão busquemos mais intensamente a presença de Deus em nossa vida.
·        E isto quem nos ensina é Jesus em Lc 22:44 "E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão."
·        No momento de sua mais intensa depressão, ali no Getsêmani Jesus ao invés de partir para uma incredulidade apática ele se curva a uma mais intensa oração.
·        Quando estamos deprimidos, a tendência é negligenciar a oração, a leitura bíblica.Mas é nestas horas que devemos procurar a estar mais intensamente na presença do Senhor.

5 - Deus o entrega uma nova missão.
·        É comum perdermos em momentos de depressão muitos sonhos, objetivos e sobretudo, nosso sentido de vida.
·        E para curar-nos o Senhor nos convida a voltar para o nosso caminho (v 15) ... para realizar a nossa missão.
·        Elias recebe a missão de ungir dois reis e um profeta, entrega-lhe um ministério de confirmação espiritual.
.        Deus também mostra que Elias tem valor, que ele não é descartável, e mesmo tendo sete mil homens fiéis Elias não estava dispensado da missão.
1.      Qual foi o caminho que você abandonou?
2.      Qual foi o sonho?
3.      Qual foi a missão?
4.      Volta pelo teu caminho.
5.      O que Deus tem colocado em seu coração durante esta sua experiência de crise?
·        Pratique, projete sonhos, persiga objetivos, volta a ativa, esta é a Palavra de Deus para você.
·        Sua missão não acabou, sua utilidade para Deus e para o mundo não passou.
·        Existem pessoas que dependem de você para receberem a unção, como existiam pessoas que dependiam de receber a unção por meio de Elias.
·        Não é necessário temer ao inimigo, por que nem ele, nem você mesmo podem anular o amor de Deus.
·        O inimigo pode te fazer correr, mas Deus nunca deixará de te encontrar, ainda que você fuja para as suas mais escuras cavernas.
·        Deus está com você e VAI curar sua depressão em nome de Jesus.

CONCLUSÃO
·        Eu gostaria de terminar este estudo apresentando alguns conselhos úteis para os que vivem este estados de depressão.
·        Conselhos aos deprimidos.
1 - Procure pensar positivamente, evite negativismo (Pv. 23:7)
2 - Faça novas amizades com pessoas saudáveis.
3 - Busque sempre novos horizontes.
4 - Cuide melhor de sua aparência.
5 - Afaste-se do exclusivismo, você não é o único em nada, pense.
6 - Os melhores seres humanos não foram os que nunca erraram, nem fracassaram, mas aqueles que interpretaram seus erros e fracassos de forma diferente,  vendo neles oportunidades para crescer e melhorar na vida. Fracassos são boas escolas para o sucesso.
7 - Ame A SI MESMO e a vida que Deus te deu.
8 - Saiba que embora você não tinha compreendido a Deus em muitas coisas, tudo o que ele permite visa seu bem em ultima instância  ( Rom. 8:28 ) “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
9 -Ore agradecidamente.
·        Espero e oro para que este estudo possa  ajudá-los a tratar seus estados depressivos.
·        E que Deus nos Abençoe.

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