Artigo do Pr. Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
Geralmente
encontramos inúmeras obras que tentam recontar a história, mas que não
escapam de ter como sequência um amontoado de catástrofes recheadas de
datas. Porém, é raro encontrar quem busque retratar a história a partir
das histórias de personagens que contribuíram com grandes dons para o
desenvolvimento da humanidade. E se o autor destaca o personagem que fez
a maior diferença no mundo, mais raro ainda.
Thomas
Cahill realizou essa façanha, tendo escrito uma obra de sete volumes na
qual buscava recontar a história sob esse prisma. No volume III, Cahill
trata especificamente de Jesus de Nazaré, a quem denominou de “a figura
central da civilização”, aquele que definitivamente fez “a maior
diferença no mundo”.
A
vida de Jesus na Terra foi extraordinária, de qualquer ângulo que se
enxergue, de qualquer contexto que se leia. Mas quando celebramos o Seu
nascimento, o fazemos de maneira completamente diferente da que
geralmente se faz dos outros personagens da história. Quando é hora de
homenagear as figuras imponentes da história, não pensamos neles como
bebês.
É
difícil sequer imaginar os franceses homenageando Napoleão como um
pequeno bebê de fraldas; ou os americanos homenagearem Abrahão Lincoln
fofinho em sua cabana de toras de madeira no Kentucky; ou os brasileiros
homenageando o Marechal Deodoro num berço, em vez de montado num cavalo
e com a espada em riste. Estes e todos os outros são lembrados por suas
contribuições como adultos. A obra de Jesus adulto foi mais importante
do que qualquer outra, mas especialmente por ocasião do Natal pensamos
Nele como “um menino”.
O
profeta Isaías escreveu: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos
deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
“Um menino nos nasceu”, ou seja, Jesus se tornou um de nós, nascendo da mesma forma que todos os simples mortais.
“Um
filho se nos deu”, ou seja, Jesus era Deus em forma humana, chamado
também de o Filho de Deus, aquele que se tornou carne e habitou entre
nós. Ele foi o maior presente de Deus para a humanidade: “Porque Deus
amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Jesus
como bebê foi marcante porque Ele era o próprio Deus, o Criador do
Universo visitando este planeta. Precisamos nos maravilhar com a Sua
encarnação, pois foi esse fato que abriu a porta da salvação para todos
nós. É preciso celebrar o bebê, sem tampouco esquecer que é necessário
confiar no Homem Salvador, pois é isso que torna o Natal tão completo.
Grandes
homens exprimiram suas opiniões sobre Jesus: Truett disse: "Cristo era
tão realmente homem como se não fosse Deus, e era tão realmente Deus
como se não fosse homem". Jean Ritcher asseverou: "Jesus foi o mais puro
entre os poderosos, e o mais poderoso entre os mais puros!"
Napoleão
Bonaparte sentenciou: "Vós falais de César e Alexandre e de suas
conquistas, mas podeis conceber homens mortos fazendo conquistas? Jesus
Cristo, morto há séculos, governa o mundo de hoje! Alexandre, César,
Carlos Magno e eu fundamos impérios. Sobre o que, porém, repousou a
criação dos nossos gênios? Sobre a força. Jesus Cristo fundou seu
império sobre o amor, e nesta hora milhões de pessoas morreriam por
ele".
O
anjo Gabriel anunciou assim seu nascimento: “E lhe porás o nome de
JESUS, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Pedro afirmou:
“Por meio de seu nome, todo aquele que Nele crê recebe o perdão de
pecados”. Assim, o que torna Jesus o maior e mais importante presente de
todos é principalmente essa singularidade: “E não há salvação em nenhum
outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os
homens, pelo qual importa que sejamos salvos”.
Natal
é sinônimo de presente, sendo o maior de todos, Jesus Cristo. Natal é
sinônimo de Salvação. Sem Jesus e sem salvação o Natal jamais será
completo. Natal é também o tempo de reconhecer que só Jesus faz em nós a
diferença que faz a diferença. Quando alguém recebe Jesus no coração
como seu Salvador pessoal, tem os pecados perdoados, sua alma é cheia de
paz e sua vida é orientada por Deus. Isso é novo nascimento. Isso é
viver o verdadeiro Natal.
A minha oração é que neste Natal o Senhor Jesus, aquele que fez a maior
diferença no mundo, tenha motivo para se orgulhar da diferença que
estamos fazendo e do modo como celebramos o seu aniversário.
Feliz Natal e Abençoado Ano Novo!
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