quinta-feira, 15 de setembro de 2011

AMOR – FUNDAMENTO DO CASAMENTO

AMOR – FUNDAMENTO DO CASAMENTO

Efésios 5:22-33
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos.
Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne.
Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.


Algumas vezes se descarta por completo a ênfase desta passagem. É lida como se a essência da mesma estivesse na subordinação da mulher ao marido. A frase "o marido é cabeça da mulher", cita-se isoladamente. Mas há muito mais. O fundamento  de toda esta passagem não é o controle, mas sim o amor. Paulo refere-se ao amor que o marido deve ter para com sua mulher.
(1) Deve ser um amor  sacrifical. Deve amar a sua mulher como Cristo amou a Igreja e deu-se a si mesmo por ela. Nunca deve ser um amor egoísta. Cristo não amou a Igreja para que a Igreja fizesse algo por Ele, senão para Ele fazer coisas por ela.  Crisóstomo se espraiou admiravelmente nesta passagem: "Viu a medida da obediência? Escuta também a medida do amor. Quer que sua mulher lhe obedeça como a Igreja obedece a Cristo? Preocupe-se por ela assim como Cristo se preocupou com  a Igreja. E se for necessário que deva entregar sua vida por ela ou ser despedaçado, ou suportar o que for, não fuja disso... Cristo levou a Igreja a seus pés por sua grande solicitude, não pelas ameaças, o temor ou coisa que o valha; esta mesma deve ser sua conduta com respeito a sua mulher". 
O marido é cabeça da mulher — é verdade que Paulo afirmou isto. Mas o apóstolo diz também que o marido deve amar a sua mulher como Cristo amou a Igreja, com um amor  que jamais recorre à tirania do controle, mas sim está disposto a qualquer sacrifício por seu bem.
(2) Tem que ser um amor purificador. Cristo purificou e consagrou a Igreja pelo lavar da água, no dia em que cada membro fez sua profissão de fé. Pode ser que aqui Paulo tenha em mente um costume grego.  Um dos costumes nupciais gregos era que a esposa antes de ser conduzida ao altar devia banhar-se nas águas de um rio consagrado a um deus ou a uma deusa. Em Atenas, por exemplo, banhava-se nas águas do Calírroe consagrado à deusa Atenas para que as águas sagradas a purificassem de toda impureza. Paulo pensa no batismo. Pela lavagem do batismo e a profissão da fé Cristo  faz com que a Igreja seja para Ele limpa, pura e consagrada, de tal maneira que não se encontre nela nenhum lugar sujo nem ruga que a desfigure. Todo amor que arrasta a uma pessoa para baixo é um amor falso. Todo amor que em lugar de refinar o caráter o torna mais grosseiro, que necessita do engano que debilita a fibra moral, que torna má uma pessoa, não é amor. O amor verdadeiro é o grande purificador e limpador da vida toda.
(3) Deve ser um amor solícito. Um homem deve amar a sua mulher como ama a seu próprio corpo. No dizer de Paulo, como nutre e cuida de seu corpo, o amor cuida da pessoa amada. Não ama para procurar serviço nem para assegurar a atenção de sua comodidade física. Não amapor própria conveniência, mas sim cuida da pessoa amada. Há algo que não está em ordem quando um homem olha a sua mulher consciente ou inconscientemente, como a que deve preparar a comida, lavar a roupa, limpar a casa e educar os filhos. Não deve ser tida como um tipo de diarista permanente, mas sim como a pessoa com quem alguém tem o dever de brindar-se.
(4) É um amor inquebrantável. Por este amor o homem deixa pai e mãe e se adere à sua  mulher. Tornam-se uma carne. Une-se a ela como os membros do corpo estão unidos entre si. Não pensa em separar-se dela, o qual equivaleria a rasgar seu próprio corpo. De fato, estamos aqui perante um ideal que contrasta  com uma época em que homens e mulheres mudavam de consorte com a facilidade com que mudavam a roupa.
(5) Esta é uma relação como diz Paulo,  no Senhor. Vive-se na presença do Senhor, em sua atmosfera; cada iniciativa é dirigida pelo Senhor; cada decisão é tomada no  Senhor. No lar cristão Jesus é o hóspede que sempre se tem presente ainda que esteja em forma invisível.

No casamento cristão não participam  dois, mas sim três e o terceiro é Cristo.

Deus abençoe seu casamento!!!
Pra Silvana Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário