terça-feira, 9 de agosto de 2011

PARÁBOLA DO MÉDICO E DO NOIVO - MATEUS 9:10-15


PARÁBOLA DO MÉDICO E DO NOIVO -  01

TEXTO: MATEUS 9:10-15
10. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.
11. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
12. Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.
13. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
14. Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?
15. E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.

Introdução
             Jesus não somente chamou Mateus para ser seu seguidor, mas sim chegou até sentar-se à mesa junto  com homens e mulheres que eram como Mateus: publicanos e pecadores notórios. Aqui se expõe uma pergunta muito interessante: Onde teve lugar esta refeição de Jesus com os publicanos e pecadores? Somente Lucas diz, de maneira explícita, que a refeição teve lugar na casa de Mateus, ou Levi ( Mateus 9:10-13; Marcos 2:14-17; Lucas 5:27-32).
Definição/discussão
            Suas palavras são muito mais agudas. Jesus disse: "Não vim chamar justos e sim pecadores ao arrependimento."  A palavra grega utilizada é kaláin, o termo técnico que aparece nos convites cursados para participar de uma festa ou em uma refeição. Na parábola do Grande Banquete (Mat. 22:1-10; Luc. 14:15-24), conforme recordaremos, os hóspedes convidados rechaçaram seu convite, e então se chamou os pobres, os aleijados e os cegos, tirando-os das ruas e caminhos onde mendigavam, e foram assentados à mesa do Rei. Pode ser que Jesus esteja dizendo: "Quando vocês fazem uma festa, convidam os religiosos, piedosos, que se orgulham de sua virtude; quando eu faço uma festa, ao contrário, convido os que têm maior consciência de seu pecado e mais necessitam de Deus."  Seja como for, tendo ocorrido esta refeição na casa de Mateus, para os fariseus e os escribas ortodoxos a situação foi chocante em extremo. Em termos gerais o povo na Palestina se dividia em duas categorias: os ortodoxos, que observavam a Lei em seus mais mínimos detalhes e estipulações; e o povo em geral, que não prestava atenção às minúcias da Lei. Estes eram chamados  o povo da terra e os ortodoxos foram proibido viajar junto com eles, comercializar com eles, dar algo ou receber algo deles, recebê-los como convidados ou ser convidados a suas casas. Ao juntar-se com estas pessoas, Jesus estava fazendo algo que nenhum religioso ortodoxo de sua época teria feito. 
            A defesa de Jesus foi de uma simplicidade exemplar. Disse apenas que ia onde a necessidade era maior. Não seria bom médico o que só visitasse as casas dos sãos; o lugar de um médico é junto aos doentes. Sua tarefa e sua glória é estar onde é necessário. Eram os pecadores que necessitavam de Jesus, e entre eles viveu Sua vida.     Quando Jesus disse: "Não vim chamar os justos, e sim pecadores", pronunciou palavras que devem  entender-se corretamente. Não significam que haja pessoas tão boas e perfeitas que não necessitam nada do que Ele possa lhes oferecer, Menos ainda significam que Jesus não tenha estado interessado nas pessoas boas. O que Jesus quis dizer foi: "Não vim para convidar a pessoas tão satisfeitas consigo mesmas que estão convencidas de sua bondade e que acreditam não necessitar a ajuda de ninguém; vim para convidar aos que são conscientes de seus pecados e sabem desesperadamente que necessitam um  salvador." Quis dizer: "Somente os que sabem até que ponto precisam de Mim são capazes de aceitar o Meu convite." 
Aplicação prática
            Os escribas e os fariseus dos  tempos de Jesus interpretavam a religião de uma maneira que ainda continua sendo comum entre muitas pessoas hoje:
 (1) Estavam mais preocupados com a preservação de sua própria santidade que por ajudar a outros em seu pecado. Eram como médicos que se negam a visitar os doentes por temor ao contágio. Sua religião era essencialmente egoísta; procuravam mais sua própria salvação que a salvação de outros e tinham esquecido que essa era a maneira mais segura de perderem-se.
(2) Ocupavam-se mais em criticar que em estimular a outros. Estavam mais dispostos a condenar as faltas de outros que a ajudá-los a superá-las. Nosso primeiro instinto não deve ser jamais condenar o pecador, mas procurar a melhor maneira de ajudá-lo.
(3) Praticavam uma forma de  bondade cujo resultado era a condenação em vez do perdão ou da simpatia. Eram capazes de deixar um homem na sarjeta em vez de estender a mão para ajudá-lo a sair dela. Eram como médicos muito interessados em reconhecer e diagnosticar a enfermidade de seus pacientes, mas  sem o menor interesse em curá-la. Ocupavam-se mais em olhar depreciativamente a outros, em vez de fazê-lo com simpatia e amor. 
(4) Praticavam uma religião que consistia mais em uma ortodoxia exterior que na ajuda prática ao próximo. Jesus estimava muito a afirmação de Oséias 6:6 de que Deus prefere a misericórdia antes que o sacrifício. Citou esta passagem mais de uma vez (veja-se Mateus 12:7). O homem "religioso" pode realizar todos os ritos da piedade ortodoxa, mas se nunca estender a mão para ajudar ao pecador ou ao que tinha necessidade, não é autenticamente religioso.
Perguntas para discussão
1.    Qual a maior lição dessa parábola?
2.    Devemos estar junto dos pecadores, influenciando-os a abandonar os seus pecados. Como podemos fazer isso na prática?
3.    Muitos confundem o real sentido da santidade. Hoje em dia ainda encontramos pessoas religiosas como os fariseus e escribas desta passagem?

Restauração/ Benefícios

             Se  temos Jesus na vida, temos também o remédio para os doentes da alma. Essa parábola toca especialmente na questão do amor por aqueles que precisam de salvação. Se alguém peca esse precisa que levemos uma palavra de perdão e da graça de Deus. Fazendo assim estamos apresentando a essas pessoas o real evangelho de Jesus Cristo. Deus não chamou ninguém para ser acusador  de outros, mas a todos nós nos deu uma missão “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”.

Referências bibliográficas
            BOL – Bíblia Online.  Bíblia de Referência Thompson. Bíblia da Mulher, Dicionário Aurélio.
            S.E.McNAIR. A BIBLIA EXPLICADA
            HERBERT LOCKYER. Todas as parábolas da Bíblia. São Paulo. Vida, 2009
            COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY,        NOVO COMENTÁRIO DA BIBLIA
             CARSON.D.A. O COMENTÁRIO DE MATEUS. São Paulo. Shedd, 2010
             WILLIAM BARCLAY  - Título original em inglês: The Gospel of Matthew








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