domingo, 7 de agosto de 2011

O QUE SIGNIFICA Shekhinah



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Muitos são os "modismos" no meio evangélico e vários termos são usados atualmente sem que saibamos o real significado. Basta um "homem da televisão" ou um "profeta-guia espiritual" abrir a boca para falar suas verdades e muitos crentes já o estão reproduzindo sem a menor análise crítica. 
É muito comum no meio evangélico a utilização do termo  "Shekhinah", mas o que realmente significa? Que origem tem essa palavra e quais as verdades ocultas que estão presentes no uso coloquial do termo?
Shekhinah - termo com pronúncia mais próxima do termo hebraico שכינה - conhecido também como Shekiná em português (outras transliterações possíveis: Shekinah, Shechinah, Shekina, Shechina, Schechinah) designa, no judaísmo, a faceta da revelação divina aos homens, a "Divina Presença", sendo também considerada a face "feminina" e "materna" dela
O vocábulo "shechiná" não aparece na Bíblia Judaica nem no Novo Testamento, sendo uma palavra derivada da raiz hebraica ש-כ-נ (sh-k-n), cujo significado é "habitar", "fazer morada". De acordo com a concepção cabalística do judaísmo, a Shechiná é uma energia cósmica poderosíssima em si mesma, que habita no "interior" do Universo e vivifíca-o, sendo a sua "alma" ou "espírito". 
Esta faceta da divindade, que é a menor de todas as outras revelações, é o meio comunicativo entre o homem e Deus. Ela é "mensurável" de acordo com a posição de cada pessoa e dos seus atos; sendo que, às vezes, ela se revela e, às vezes, se oculta. Já em relação ao Diáspora, os rabinos disseram que, de alguma forma, a Shechiná preservou uma relação com Israel, especialmente quando este passou por períodos difíceis, espalhados entre as nações: a todo lugar onde para lá foi exilado Israel - a Shechiná foi (também) exilada com ele, sofrendo também com ele nos infortúnios. Rabi Chanina, no Talmude, agrava ainda mais esta concepção, quando diz que "aquele que esbofetea a face de Israel, é como se estivesse esbofeteado a face da Shechiná".
Na Cabala esotérica, Shekinah é a essência do Ain Soph que, emanado, ficou preso ou enroscado em Malkuth, sendo correspondente à Shakti ou Kundalini na tradição esotérica oriental da Yoga. Segundo o livro cabalístico Zohar, a evolução do homem é o processo em que o pólo feminino do Divino(Shekinah), presente potencialmente na criação e no homem (Malkuth), se une ao pólo masculino da Divindade, Kether. Tal reunião é na tradição rosacruz representada pelas Núpcias Alquímicas de Christian Rosenkreutz. Segundo a tradição da Cabala, a reunião dos dois pólos da Divindade (feminino e masculino) resulta em uma Consciência Cósmica ou crística, de união do homem e do Divino, resultando no Homem-Deus ou Cristo. Tal estado de consciência é equivalente na Yoga, ao Samadhi, a consciência produto de quando Shakti, o pólo feminino do divino, presente no Chakra da base Muladhara, se une a Shiva, o pólo masculino do divino presente no Chakra Sahasrara, no topo da cabeça, resultando no Avatar, a encarnação humana do Divino, do Cósmico. Na tradição esotérica egípcia, o equivalente é a união entre Ísis e Osíris, resultando em Hórus, o Homem-Deus. Tal união é, portanto, em todas as tradições esotéricas, a iluminação, a iniciação.
Em sua origem essa palavra sempre tem o sentido de unir na divindade os polos masculinos e femininos e isso define toda a criação. Não é um termo bíblico e seu significado original deturpa  a sã doutrina bíblica, pois Deus não é feminino nem masculino, Ele é Deus absoluto, sem gênero. "Deus é espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade".
CUIDADO AO USAR ESSA PALAVRA.
Esteja atento!
Silvana Machado 



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